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É trágico, fazer o quê?

Certamente, leitor, você já deve ter visto aqueles filmes americanos em que começa a nevar e tudo para. Inclusive, as escolas ficam fechadas. As crianças, nos filmes, logo após escutarem a notícia no rádio, fazem até uma festa. Vão brincar na neve.

A situação em Rio Branco ficou complicada. Trágica, de certa forma. O Rio Acre atingiu o maior nível da sua história na cidade, e não deu sinais de vazante ainda. Em conta disso, e sabendo o número de famílias humildes que dependem do ensino público para dar educação a seus filhos, o governo e a prefeitura decidiram adiar o começo do ano letivo. Deram até ponto facultativo para os servidores públicos por entender a dificuldade pela qual muitos atravessam.

A decisão foi acertada. Sensata.

Alguns (poucos) pais podem até ter chiado. Acreditando que o calendário escolar será prejudicado na metade e no final do ano. Mas a verdade é que a situação na cidade é difícil.

As pessoas precisam parar de pensar só nos seus umbigos e começar a ver o drama da coletividade. A situação é atípica. A maior enchente da história de Rio Branco. Significa que não há precedentes. O poder público não pode copiar medidas que antes deram certo para contornar a crise da alagação. Mas ele tem que agir. E agiu. De forma correta. Hora de parar de criticar e começar a pensar em ajudar quem precisa.

A Gazeta do Acre: