Após a vazante do Rio Acre nas cidades de Xapuri, Epitaciolândia e Brasileia, a população começa a contabilizar os prejuízos causados com a enchente. No rastro deixado pelo recuo do rio, é comum ver muita lama, casas, móveis e eletrodomésticos destruídos.
Em Xapuri, de acordo com o deputado Antônio Pedro (DEM), uma operação limpeza já começou, porém, a situação continua delicada. “Aos poucos a população tenta voltar com sua vida ao normal, mas sabemos que será um pouco difícil, haja vista que agora é o momento de contabilizar os prejuízos. Em Xapuri, algumas famílias perderam tudo. Isso é lamentável”, falou.
Segundo o deputado, a ajuda ao município ainda é necessária. “Nunca tínhamos visto uma alagação nestas proporções. Toda a ajuda ainda se faz necessária nesse momento Não é hora de discutir outro assunto que não seja ajuda para as cidades atingidas por essas cheias”, declarou.
Em Brasileia, a água atingiu a principal avenida da cidade, onde fica o centro comercial. Agora os comerciantes tentam recuperar o que podem.
Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, 2, o governador Tião Viana (PT), expôs preocupação quanto à situação em que se encontram os municípios pós-enchente. Segundo ele, a situação está mais delicada do que no período em que as águas cobriram as cidades.
“O cenário de pós-alagação é mais grave até do que a própria alagação em si. Então, o prejuízo é marcante. A situação é muito delicada”, disse o governador.
Ainda de acordo com Tião Viana, muitos ajustes deverão ser realizados nos municípios do Alto Acre atingidos com a enchente.
“Brasileia tem que ter um novo caminho, um remanejamento de habitações. Xapuri e Epitaciolândia também vão ter que ter ajustes. É provável que essa situação se repita pelos próximos anos, portanto, precisamos montar estratégias para evitar que essas cenas se repitam futuramente”, frisou.
O governador informou ainda que o governo estadual solicitou junto ao Governo Federal a construção de duas mil casas no Alto Acre, como uma medida que vai poder ajudar a diminuir danos futuros. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)