* Não bastasse a chuva incessante dos últimos dias, já tem deputado trazendo até neve pro Acre…
* Eu, hein.
* Foi essa a justificativa do deputado Antônio Pedro, do DEM, por não ter comparecido à sessão da última terça-feira, na Aleac.
* Segundo ele, que vinha de Porto Velho, “o avião não pôde voar porque fazia neve” por aqui.
* Fiufiufiufiufiu…
* Mas vocês são muito maléficos e amargos, hein?
* O que o deputado quis dizer é que havia “névoa” no aeroporto de Rio Branco.
* Por isso, os passageiros precisaram esperar para embarcar no aeroporto de Rondônia, até que o voo fosse liberado.
* Nós entendemos, deputado.
* Não ligue pra esses linguarudos, não.
* Ririri.
* Linguaruda, linguaruda mesmo anda a deputada Eliane Sinhasique.
* E está pagando o preço pelos excessos de, digamos assim, “críticas construtivas” ao governo estadual.
* Pelo menos foi isso que a deputada prometeu no discurso de abertura dos trabalhos da Casa…
* Críticas construtivas, oposição responsável.
* Enfim…
* Na sessão de ontem, a polêmica foi em torno do Acreprevidência.
* A proposta da deputada era que o instituto também concedesse aos aposentados e pensionistas do Estado o mesmo benefício que vem sendo dado pelo INSS aos seus beneficiários vítimas da alagação.
* Ou seja: a antecipação do salário, dividido em 36 vezes sem juros.
* “O Acreprevidência, segundo o seu diretor, tem um saldo positivo da ordem de R$ 280 milhões. Não falta dinheiro para antecipar um salário”, argumentou ela.
* Uma proposta até bem intencionada, porém inviável do ponto de vista legal.
* Dura na cobrança e nas críticas ao governo, Sinhasique recebeu resposta à altura do diretor-presidente do Acreprevidência, José de Anchieta.
* “Deputada, sua fraternidade é farisaica!”, disparou ele, na nota de esclarecimento divulgada à imprensa.
* Farisaica = hipócrita, falsa, fingida.
*Arre!
* Também não é para tanto, professor.
* Melhor todos acalmarem os ânimos.
* Após o anúncio do pacotão de medidas para racionalizar despesas na Prefeitura de Rio Branco, muitos cargos comissionados já estão batendo à porta de empresários, à procura de emprego, caso as demissões ou redução de salários sejam confirmadas.
* Um temor justificável, mas, por ora, negado pelo secretário municipal de Finanças, Marcelo Macêdo.
* Segundo ele, a economia vai afetar, prioritariamente, a contratação de serviços terceirizados.
* Huum.
* O problema é afetar também a tão festejada popularidade do bom prefeito Marcus Alexandre.
* Afinal, como se sabe, a memória do povo é curta, e os reflexos da crise pós-alagação estão só começando.