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Cabeleireira estudou no Pronatec e enfrenta alagação com criatividade e empreendedorismo

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
16/03/2015 - 17:09
Kelly Katiane fez o que pode para não parar de trabalhar. (Foto: Marcos Vicentti/ ASCOM PMRB)

Kelly Katiane fez o que pode para não parar de trabalhar. (Foto: Marcos Vicentti/ ASCOM PMRB)

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Kelly Katiane fez o que pode para não parar de trabalhar. (Foto: Marcos Vicentti/ ASCOM PMRB)
Kelly Katiane fez o que pode para não parar de trabalhar. (Foto: Marcos Vicentti/ ASCOM PMRB)

Não fosse um fenômeno triste e avassalador, a alagação fascinaria seus personagens. Muito mais pela superação de um evento inexorável, que mina as expectativas e a resiliência, ao mesmo tempo é aquele que abre oportunidades para a reconstrução das vidas. O palco: a Baixada da Habitasa, na Rua Bolívia, uma região antes nunca alagada até o dia 4 de março, quando o nível do Rio Acre cravou exatos 18,40 metros. A história, naquele momento começava a ser contada na vida de Kelly Katiane Lúcio da Silva, que hoje vive abrigada na casa da amiga, Francisca Nunes dos Santos, popularmente conhecida como Branca. A residência onde viviam Kelly, o marido José Nunes, e os filhos Pedro Veras, de 15 anos; Veras Lucas, 14, e Kallyane Veras, 13, ficou completamente debaixo d´água a duas quadras da casa de Branca, um sobrado alto, [quase] livre do aguaceiro que submergiu a Habitasa.

Branca ofereceu-lhe abrigo no mesmo sobrado onde aluga o salão que acabou fechado durante dias porque o volume das águas impedia o atendimento ao público. E já que as clientes não tinham como ir até o salão, o salão foi até as clientes. Com a canoa de madeira cedida por um amigo de Adalcimar, marido de Branca, a cabeleireira Kelly partiu para o interior da Habitasa alagada em busca das clientes. A cadeira de cabeleireiro era a única companhia da dupla.

Muitas famílias não deixaram suas casas por conta dos “ratos d´água”, marginais que agem sorrateiramente e roubam as residências dos alagados. Essas famílias ficaram isoladas, recebendo assistência da prefeitura de Rio Branco – e, vez por outra, da cabeleireira Kelly, que passava oferecendo os serviços de embelezamento pessoal. “Fiz umas vinte viagens pelas ruas alagadas da Habitasa”, relata a cabeleireira, vertendo lágrimas ao lembrar desse difícil período  que reluta em passar.

Agora, Kelly não precisa sair de barco porque ao menos o acesso ao seu salão está liberado. E neste sábado, 14, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) iniciou uma grande operação de limpeza onde é possível entrar com homens e máquinas na Baixada da Habitasa.

Assim, as clientes já não precisam ser atendidas na canoazinha de madeira, mas estão no conforto do salão de alvenaria. “Eu gosto muito do serviço dela”, disse Mariane de Oliveira, estudante de 17 anos que mora na Habitasa, cliente assídua de Kelly.

Com grupo no WhatsApp movimento cresceu 80%
Kelly é a imagem da superação. Os olhos azuis pouco comuns na região mentiriam, mas ela nasceu no Acre e sempre sonhou em ser cabeleireira. Um dia, ouviu falar do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), foi até a Escola Campos Pereira e fez a matrícula no curso de estética pessoal. As aulas ocorreram durante seis meses no Estádio Arena da Floresta, e Kelly hoje mostra com orgulho o certificado de formatura datado de abril de 2014. Daqui a um mês, ela completa um ano como profissional habilitada, mas sua natureza empreendedora impressiona: além de enfrentar a alagação transformando-a em janela de oportunidade, Kelly abriu o grupo “Mãos que Transformam” no aplicativo WhatsApp, o que lhe rendeu 50 clientes fixas, que regularmente a procuram, agendam pelo WhatsApp e percorrem quilômetros desde o Barro Vermelho, por exemplo, até a Habitasa para ´fazer´ o cabelo. “Com o WhatsApp meu movimento cresceu 80%”, conta Kelly ao lado da filha Kallyane, administradora do grupo. No mês da mulher, Kelly e sua filha são o retrato do Acre resiliente e vencedor.

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O Pronatec é um programa do Governo Federal, mantido pela Prefeitura de Rio Branco em parceria com o Governo do Estado. Centenas de homens e mulheres puderam se qualificar e mudaram complemente suas vidas a partir dos mais de 30 cursos oferecidos na Capital do Acre. Kelly é mais um exemplo da força desse programa.

Um mundo solidário em meio ao maior desastre natural da Amazônia
O universo de Kelly é de absoluta solidariedade, já que tem dona Branca e Adalcimar como acolhedores dos que mais precisam. José Maria, o marido de Kelly, trabalha para uma cooperativa de serviços, a Coopserge, e regularmente a ajuda em tudo: da limpeza ao salão e remando pelo bairro em busca das clientes alagadas.

Dona Branca acolheu outras quatro famílias, entre elas a de Roseana Rocha, técnica de laboratório aprovada em 2º lugar no concurso da Secretaria Estadual de Saúde, pronta para ser lotada em Brasileia quando tanto Rio Branco quanto a cidade onde passaria a trabalhar foram surpreendidas pela cheia do Rio Acre. “E agora?”, pergunta ela, tensa, vivendo a dupla ansiedade de morar em região alagada e ver seu novo local de trabalho enfrentando o mesmo drama. E o pior: sua segunda profissão, a de preparar alimentação para eventos, está comprometida, pois sua cozinha industrial está inviabilizada pela alagação.

Branca, que a acolhe, é dona de casa, faz bolo e torta para uma renda extra, tem no trabalho de Adalcimar a principal fonte de renda, mas o serviço de armador de ferragens para construção civil também ficou comprometido. “Há dias estou parado. O serviço sumiu com a alagação”, relata ele.

Kelly aluga de Branca o espaço do salão, porém a situação de desabrigo criou despesas que fizeram atrasar o aluguel. “Mas eu entendo”, diz Branca. “Ela me ajuda em tudo, me deu abrigo, não fica cobrando o aluguel e me empresta o barco”, conta, agradecida, a cabeleireira. As famílias abrigadas por Branca – e a dela própria – precisam de ajuda. Trata-se de gente de bem, trabalhadora, que vive um momento de séria dificuldade por conta de um fenômeno inimaginável. (Edmilson Ferreira / Ascom PMRB)

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