O professor do Centro de Ciências Biológicas e da Natureza (CCBN) da Universidade Federal do Acre (Ufac), Zenobio Abel Gouvêa Perelli da Gama e Silva, foi um dos vencedores da segunda edição do prêmio do Serviço Florestal Brasileiro (SFB). O professor concorreu na categoria profissional e alcançou a terceira colocação geral. Na edição anterior, a Ufac também foi premiada.
A premiação foi obtida pelo trabalho intitulado “Raio econômico como um indicativo para a definição de concessões florestais: um estudo de caso no Estado do Acre”. O estudo identifica o número de hectares necessários para, em regime de manejo e em concessão florestal, suprir as serrarias de Rio Branco.
“No trabalho, eu indico até onde o governo pode instalar ou criar suas florestas estaduais ou nacionais para que, em regime de concessão florestal, possa se explorar e ainda trazer lucro ao empresário. Essa é uma baita informação”, destacou Zenobio.
O estudo utilizou dados de um levantamento realizado entre os anos de 2009 e 2010, em serrarias de Rio Branco e vizinhanças, pertencentes a uma pesquisa para a International Union for Conservation of Nature (IUCN). “Com os dados da pesquisa inicial, eu detalhei e calculei valores para chegar ao raio econômico”, disse o professor. “O termo valor econômico refere-se à distância máxima entre a floresta e uma serraria, para que eu possa explorar a floresta, trazer a tora até a serraria, esta transformar a tora em madeira serrada, e ainda sairmos com lucro”.
Ele ainda detalhou: “Eu calculei a distância máxima que um proprietário de terra florestal pode estar, fazendo o manejo florestal da área, explorando a floresta e vendendo a tora no pátio da serraria sem deixar de ter lucro”.
Para o pesquisador, que concorreu com 20 participantes, mais importante que a conquista da premiação é aplicação prática do estudo e o reconhecimento do trabalho. “Os valores encontrados no estudo serão utilizados nas minhas aulas de Economia Florestal, agora com mais firmeza e confiança”, garantiu.
Prêmio
O prêmio SFB em estudos de economia e mercado florestal tem por finalidade estimular estudos nessas áreas, focando a produção sustentável no Brasil, os seus desa-fios e perspectivas socioeconômicas e ambientais, além de criar um portfólio de estudos que contribuam para o avanço da capacidade do SFB.
Este ano, o prêmio contemplou três categorias: graduando; estudo de caso da indústria florestal; e profissional. O anúncio dos vencedores foi feito nesta sexta-feira, 6, e a cerimônia de entrega da premiação está marcada para o próximo dia 23. Na primeira edição do prêmio, o professor da Ufac em Cruzeiro do Sul, Rafael de Azevedo Calderon, também foi premiado com o trabalho “Mercado de produtos florestais não madeireiros na Amazônia Brasileira”. O prêmio é promovido pelo Serviço Florestal Brasileiro, órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e este ano distribui mais de R$ 50 mil em prêmios. (Ascom Ufac)