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Rio Madeira sobe e ameaça transporte de mercadorias para o Estado do Acre

O Rio Madeira começou a invadir a Estrada do Belmont, o único acesso às bases distribuidoras de combustíveis de Porto Velho e onde ficam as balsas transportadoras de mercadorias para outros estados, principalmente Acre e Amazonas. A água já interditou cerca de dois quilômetros da via.

Para fazer a travessia, um trator está sendo utilizado para levar os motoristas para o próximo porto e um rebocador faz o transporte das mercadorias dos caminhões, para serem levadas à balsa e descer o rio.

O Departamento de Estradas de Rodagens informou que não há como evitar o alagamento na estrada e que um desvio deve começar a ser utilizado.

Em 2014, a via foi completamente interditada e o abastecimento em Rondônia ficou parado por três dias, gerando prejuízos de quase R$ 1 milhão. No mesmo período, o Acre ficou isolado por terra devido às águas cobrirem a BR-364, única porta de entrada e saída do Estado para o restante do país via terrestre.

Na sexta-feira, 13, o nível do rio estava em 16,96 metros, segundo a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). Outro ponto que está alagado fica logo após a base distribuidora de gás.
No local, a travessia dos veículos ainda é possível, mas se o nível do manancial continuar subindo, o trecho também pode ser interditado.

No ano passado, esse desvio teve que ser criado, já que a Estrada do Belmont foi completamente interditada pela Defesa Civil, devido à lâmina d’água que cobria a pista. O transporte de combustível ficou parado por três dias.

O Departamento de Estradas de Rodagens declarou ainda que, a partir do momento em que a água começa a transbordar, não há o que fazer na estrada. A meta do departamento é retomar o patrolamento e cascalhamento de uma via alternativa que haviam sido iniciados em 2014, antes de a pista ficar submersa com a cheia histórica do Rio Madeira.

O Rio Madeira atingiu a cota de inundação, na última quarta-feira, 11. De acordo com o monitoramento realizado pelo Sistema Geológico Brasileiro (CPRM), ao chegar aos 17m, considera-se um “alerta de inundação”. No entanto, o nível tem oscilado diariamente e os números de ontem mostram uma retração de 10 cm das águas.

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A Gazeta do Acre: