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Famílias vítimas da cheia do Rio Acre reclamam da comida e de possível mudança de abrigo

Desabrigados jogam comida fora. (Foto: G1 Acre)

Um grupo de pessoas alojadas no Ginásio do Sesc Bosque realizou uma manifestação, fechando a Avenida Getúlio Vargas, por moradias e por opções nas três refeições diárias servidas no abrigo. Já na escola Glória Perez, o protesto era contra o remanejo das famílias para o Parque de Exposições Marechal Castelo Branco.

Há quase 20 dias, o governo e a prefeitura mantêm 2,2 mil famílias em 15 abrigos públicos, devido o nível do Rio Acre que ainda marca dois metros acima da cota de transbordamento. A recomendação da Defesa Civil é que elas comecem a retornar para suas casas quando o nível atingir os 13 metros, abaixo da cota de alerta.

No primeiro protesto, marmitas foram jogadas no chão.  Sobre a alimentação, os responsáveis do abrigo do Sesc se comprometeram a trocar o fornecedor das refeições. “É muito difícil oferecer uma comida diferenciada todos os dias, oferecemos o básico. Não vejo muitas reclamações. Temos aqui 170 famílias e poucas estão nesse ato. O carro-chefe é questão da moradia. Mas temos que respeitar os procedimentos, há critérios que devem ser obedecidos. Alguns querem voltar para suas casas, mas não é recomendável ainda”, explicou o coordenador do abrigo, Carlos Santiago.

Já a questão na escola Glória Perez, a Secretaria de Articulação afirma que a proposta é encaminhar as famílias para o Parque de Exposições, onde todos os que ainda estão desabrigados devem ficar aguardando a vazante do rio.

Representantes da Secretaria de Habitação (Sehab) devem comparecer à Escola Glória Perez para convencer as famílias de que o local precisa ser desocupada para o retorno das aulas.

“O que está sendo proposto é encaminhá-los para o Parque de Exposições, onde vamos concentrar todas as famílias que estão desabrigadas. Vamos levar as famílias que ainda não têm uma situação propícia para voltar para suas casas”, garantiu.

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