O prefeito Marcus Alexandre deu seguimento nesta terça-feira, 10, à agenda de inspeção às frentes de serviço da Ação de Limpeza Pós-Alagação nas áreas que ficaram inundadas na Baixada da Sobral. Ainda há muitas zonas alagadas, mas a limpeza é intensa onde as águas já baixaram.
O prefeito esteve nos bairros Palheiral, Pista, João Eduardo e Bahia Velha, além de fazer um grande percurso na Estrada da Sobral. Essa ação integra o Plano Emergencial de Limpeza e Desobstrução de Ruas preparando os bairros para o retorno das famílias onde o aguaceiro secou. Um grande número de trabalhadores e representantes de instituições municipais, estaduais e federais estão envolvidos nos trabalhos – e isso vem sendo motivo de agradecimentos da parte do prefeito: “O governador Tião Viana tem sido grande parceiro, a Presidenta Dilma Rousseff nos tem ajudado muito e a comunidade também nos ajuda a recuperar a cidade”, disse Marcus Alexandre.
A ação pós-alagação começou de fato no final da semana passada no Calçadão da Benjamim Constant, de onde foram recolhidas 2,5 toneladas de lixo e mercadorias inservíveis. Esse e todo material que está sendo recolhido é levado para o aterro de inertes, na Estrada Transacreana. No sábado e no domingo, 7 e 8 de março, a limpeza foi realizada no Calçadão da Gameleira, duramente castigado pela enchente e agora se espalha por toda as regiões castigadas pela alagação. São 53 bairros afetados mas nem todos tem condições de receber as equipes de limpeza. Até a manhã desta terça, cerca de 45 toneladas haviam sido removidas das zonas alagadiças.
A mobilização da Ação de Limpeza Pós-Alagação conta com 30 equipes com 570 homens e 280 equipamentos. Essa operação é executada pela Prefeitura, com o apoio do Governo do Estado e do Governo Federal através das Forças Armadas. Organizações como a Federação da Indústria do Estado do Acre (FIEAC), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Acre (SINDUSCON), cooperativa, empresários e grupos ligados à construção civil também são parceiros nesse grande mutirão de limpeza da cidade.
Moradores e comerciantes contabilizam prejuízos, mas ânimo é grande
A composição das equipes de limpeza é de 11 pessoas, sendo um coordenador para cada grupo. No quesito máquinas e equipamentos, cada equipe conta com 1 retroescavadeira, 1 pá carregadeira, 5 caçambas toco/truck, 1 carro pipa e 1 caminhão ´carga seca´. As ações tem disponíveis ainda três carros de apoio para abastecimento (comboio de lubrificação) e caminhões tatuzação para a desobstrução de redes de drenagem. Uma equipe de apoio permanecerá no aterro de inertes com 1 escavadeira hidráulica e 2 tratores de esteira.
Nas inspeções o prefeito sempre pede aos trabalhadores que não façam apenas a limpeza nas ruas, mas que ajudem as famílias a melhorar a condição do imóvel e do quintal, se necessário. Essa atitude ameniza o sofrimento dos que viveram o drama da cheia, como o servidor municipal aposentado Francisco Camilo dos Santos, que mora há 25 anos na Rua Santa Paulina, no bairro da Pista, e nunca havia visto um fenômeno tão avassalador quanto a cheia de 2015. “Ficamos todos assustados”, disse, mostrando a marca da altura da alagação na parede da casa, agora totalmente limpa. “O pessoal da Prefeitura veio rapidinho. Secou e eles já estavam aqui”, pondera o aposentado.
Os pequenos comerciantes da Sobral tiveram graves prejuízos e vários deles abordaram o prefeito para pedir informações. Dono de uma mercearia na esquina das ruas Campo Grande com Santa Rita, no Palheiral, Camilo Souza Costa diz que apesar dos problemas está confiante na pronta recuperação da cidade e de seus negócios. “A gente não pode baixar a cabeça”, disse ele ao prefeito.