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Empresário vítima de assalto terá que pagar R$ 344 mil à família de PM morto em Cruzeiro

O empresário João Célio Gonçalves Gaspar, conhecido como João Garapa, foi condenado pela Justiça do Trabalho a pagar R$ 344 mil à família do policial militar Marcos Roberto Araújo do Nascimento por danos morais. O PM trabalhava para Garapa e morreu após ser baleado durante um assalto à casa do empresário. O valor foi definido após um acordo judicial, firmado na Vara do Trabalho de Cruzeiro do Sul/AC, distante 648 quilômetros de Rio Branco. No acordo, Garapa deve pagar até segunda-feira, 9, a primeira parcela de R$ 20 mil e as próximas 82 no valor de R$ 4 mil.

De acordo com a filha do PM, Amanda Uchoa, 18 anos, o valor pedido pela família é para custear os estudos que eram mantidos pelo pai. “Meu pai começou a trabalhar com esse bico para pagar nossos estudos. O sonho dele era ver a gente formada e queremos dar prosseguimento a esse sonho. Entramos com o processo para garantir nossos direitos, tanto que o valor acordado serve para custear a faculdade do Fernando e a minha. Quando nos formarmos vamos nos responsabilizar pelos estudos do mais novo”, explicou.

Os dois filhos do PM estavam na cidade para acompanhar a audiência. De acordo com a família, após a morte do policial, eles só conseguiram retornar para dar seguimento aos estudos através da ajuda de outros PMs e também de familiares. “O valor que pedimos não foi para  enriquecer, mas sim para dar continuidade aos nossos estudos, que era algo que o nosso pai dava suporte. Após a morte do meu pai, ninguém sabia se ia voltar, se continuaria o semestre, só depois de algumas pessoas ajudarem, conseguimos voltar”, completou a filha.

A família garante ainda que está satisfeita com a homologação do acordo, tendo em vista que os dois filhos do policial terão a possibilidade de continuar os estudos. Mensalmente, o valor acordado entre o empresário e a família terá que ser depositado na conta da viúva Simone Uchoa, que ficará responsável pela divisão do valor entre os filhos que também são parte da ação.

O G1 tentou entrar em contato com o empresário João Garapa, mas foi informado que ele não se posicionaria sobre o assunto. (Tácita Muniz, do G1/AC)

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