Até que enfim os geoglifos acreanos podem ser indicados como um patrimônio mundial. Já fazem mais de 40 anos desde que tais estruturas foram descobertas no Estado. Já viraram assunto em pauta de comunidades científicas do mundo inteiro. E só agora, em 2015, é que a Unesco viu o potencial de incluir os geoglifos na lista indicativa do Brasil para torná-los um patrimônio mundial.
Os geoglifos são a chave para um mistério sem igual na colonização da região amazônica. Podem ser a prova de que tribos indígenas com organizações sociais diferentes das que são conhecidas (porque só assim poderiam fazer estruturas geométricas tão grandes como os geoglifos) um dia já habitaram estas terras. Isso em uma época pré-colonial, provavelmente, já que estudos indicam que os geoglifos teriam sido feitos há milhares de anos.
Devem ser alvo de dissertações, artigos e teorias para estudiosos de todo o planeta fascinados pela Amazônia.
Se estas estruturas deixarem de ser preservadas, elas podem se desfazer. E, assim, pode acabar com uma chance de se conhecer mais sobre as relações mais primitivas do homem com a Amazônia. Uma perda irrecuperável e que a humanidade vai culpar o Brasil e o Acre por não terem se esforçado o suficiente para estudar e preservar.