O Acre vende. Amazônia vende. O poder comercial de produtos que usam como matérias-primas plantas e outras riquezas extraídas das matas acreanas é alto pelo mundo afora. Nesta semana, isso ficou bem evidente. Em primeiro lugar, a Setul anunciou que um grupo indígena Yawanawá vai participar da São Paulo Fashion Week (SPFW), convidado pela Cavalera.
A marca fechou contrato para uso dos desenhos da pajé Hushahu Yawanawá na nova coleção da grife, que será lançada SPFW. É o talento inato das raízes nativas acreanas que vai para o país inteiro.
Além disso, a própria National Geographic Brasil publicou reportagem com destaque sobre o uso de plantas amazônicas que se tornaram matéria-prima para produtos capilares. Crajiru e mulateiro-da-várzea fazem a fórmula para xampus, condicionadores e até cremes.
Contaram, inclusive, a história de um químico e empresário cuja família se instalou no Acre e aqui ele aprendeu que o mulateiro servia para chá e para impedir o envelhecimento da pele.
São casos assim que mostram a visão de valorizar aquilo que a floresta provém a um patamar mais sério, mais industrial. Sempre extraindo as riquezas naturais amazônicas com responsabilidade socioambiental. Uma coisa é lixo para uns e ouro para outros. Tudo é uma questão de perspectiva. E os acreanos, principalmente por uma motivação já histórica daqui, deveriam apostar mais no que têm. No lado positivo das riquezas amazônicas.