Mais um domingo, mais um dia de protestos. Todos (ou quase ‘todos’) contra Dilma, mascarando uma ideia de protesto contra a corrupção. Só que desta vez o rebuliço foi menor. Não foi aquele 15 de março que ficou na memória de muitos, com um mar de gente empunhando cartazes e fechando as principais avenidas das cidades brasileiras. Foi diferente.
Uma pena?
Não. Quem foi passou o seu recado. Fez seu papel. Mostrou que não está feliz. Aliás, como se comprovou nas últimas eleições, quase metade do Brasil não está contente com a atual administração nacional. Se estes votos fossem às ruas, certamente ia ser pouca via pública pra muita gente. As polícias militares iriam sofrer pra contar o número de manifestantes.
Só que elas não vão. Nem todo mundo acredita que uma marcha pode mudar um processo democrático perdido (do ponto de vista do seu lado; mas vitorioso de outro denominado de ‘maioria’). O que as pessoas mais ativas pela sua revolta com o Brasil de hoje devem fazer é pensar um ato de cada vez. Cada manifesto é cada manifesto. É um dia, e ele se encerra ali.
Até porque, se ficarem comparando tanto uma coisa com outra, pelo menos em termos quantitativos, só vão conseguir manchar o sucesso que o outro protesto teve, e que este de abril definitivamente não conseguiu repetir. Números são números. Com eles, não se discute.