Os deputados estaduais que integram os partidos pequenos, denominados também como “nanicos”, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), repudiaram na manhã de terça-feira, 7, durante sessão ordinária no parlamento estadual, uma matéria jornalística em que afirma que o governador Tião Viana estaria se negando a receber os líderes dos partidos devido o excesso de pedidos. Os partidos mencionados na matéria foram o PRP, PRB, PHS, PTB, PSDC, PPL, PDT e PTN.
O deputado Josa da Farmácia (PTN) lembrou que, atualmente, seu partido elegeu três parlamentares, portanto, não deve ser considerado um partido pequeno. “Levando em consideração que elegemos três deputados, não entendo porque falam que o PTN seja um partido nanico. Diante desses números, não sei nem o que é nanico”, disse o deputado ao cobrar ainda respeito do governador.
Na ocasião, o deputado pediu uma nota por parte do Poder Executivo confirmando a veracidade da matéria. “Eu gostaria que o secretário fizesse uma nota e dissesse se é verdade ou mentira, que os partidos são um fardo pesado para o governo, se realmente procede que não seremos recebidos pelo governador. Não é o meu caso, eu tratei direto com ele. Quero saber se é verdade que os dirigentes vão ser barrados e não podem nem chegar perto da porta do Palácio”, diz Josa da Farmácia.
O parlamentar destacou ainda que seus mais de seis mil votos não podem ser encarados como fardo pelo PT.
O deputado Jesus Sérgio (PDT), em um aparte, também demonstrou insatisfação quanto à nota. “Que ele se posicione, uma vez que a matéria fala sobre uma fonte palaciana. Não somos um fardo. Esta coligação obteve mais de 120 mil votos nas eleições 2014. Nós merecemos sermos tratados com respeito”.
O líder do Partido Democrático Trabalhista (PDT), deputado Heitor Júnior, também cobrou um esclarecimento por parte do Executivo. De acordo com o deputado, independente do tamanho dos partidos, seus integrantes merecem respeito.
“O PDT repudia se estas informações vierem por parte do governo. Como membro do PDT, precisamos de uma resposta. Eu não acredito que o governo trate estes partidos como fardo. Não podemos ser parceiros apenas para ganhar o governo; merecemos respeito”, finalizou o deputado.