Com o objetivo de mobilizar e capacitar o Microempreendedor Individual (MEI) e potenciais empresários de todo o Estado, o Sebrae no Acre promove entre os dias 13 e 18 de abril a VII Semana do MEI. Em Rio Branco o evento acontece no Novo Mercado Velho e em Cruzeiro do Sul na praça principal do Centro Cultural. Nas outras cidades o evento acontece em suas respectivas regiões centrais. Mais de 7 mil Microempreendedores Individuais (MEIs) que atuam nos pontos de atendimentos das Regionais do Baixo Acre, Alto Acre e Juruá serão atendidos.
Promovido pelo Sebrae em todo o país e priorizando a cultura e dinâmica econômica do local onde se realiza, a Semana do Microempreendedor Individual visa estimular as formalizações de profissionais autônomos nessa categoria jurídica e também dar condições para os Microempreendedores Individuais já cadastrados desenvolverem o negócio e expandirem a atuação.
Nesta edição a novidade fica por conta do foco nas Oficinas Sebrae para o Microempreendedor Individual (SEI) que incluem soluções como; SEI Controlar meu Dinheiro; SEI Vender; SEI Planejar; SEI Comprar e SEI Empreender. Também estão previstas informações sobre as obrigações legais do MEI, serviços de baixa, formalização, alteração da empresa, orientações com relação ao preenchimento da Declaração Anual e a impressão dos boletos das obrigações fiscais.
Além disso, serão ministradas Palestras sobre orientações, benefícios e obrigações do MEI; Palestras dos parceiros (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia, Previdência Social, Bombeiros); Atendimento ao MEI e ao público interessado em informações sobre empreendedorismo e formalização, serviços de baixa e alteração da empresa.
Microempreendedores Individuais que fazem a diferença
Seriedade e honestidade. Estes são os dois principais ingredientes descritos por Ovídio Maciel para um empreendimento de sucesso. Há cerca de cinco anos, o aspirante a empresário trabalhava de segunda a segunda na produção artesanal de estofados e baús confeccionados com madeira, espuma e um plástico de alta resistência. As entregas dos pequenos móveis eram feitas em uma motocicleta. Mas tudo começou a mudar quando em 2005. Ovídio conheceu o Sebrae e se formalizou MEI. Atualmente é proprietário da “Disk Baú”.
“Jamais conseguiria ter chegado aonde cheguei sem a figura do Sebrae no meu negócio. Nunca pensei que minha visão empreendedora fosse mudar tanto. Há muitos anos atrás já fazia o meu oficio com algo próximo a perfeição, mas sempre soube que faltava alguma coisa. Foi quando fui apresentado ao Sebrae. Por meio de um amigo fiquei sabendo que poderia formalizar a minha empresa, receber um CNPJ e aumentar meus rendimentos e desde então tudo mudou”, relata Ovídio que muito em breve deixará de ser um MEI para ter a sua Microempresa.
O MEI é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Para ser um Microempreendedor Individual, é necessário faturar no máximo até R$ 60.000,00 por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. O MEI também pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.
Em 2008 a Lei Complementar nº 128, de 19/12/, criou condições especiais para que o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um MEI legalizado. Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais.
Natural de pequena cidade de Santarém, em Portugal, o Microempreendedor Individual Eurico Garcia que por mais de 30 anos trabalhou a frente de uma construtora portuguesa é proprietário da “Clinica da Limpeza”, empresa que presta serviços de limpeza de estofados, camas, tapetes, interior de carros e demais móveis revertidos por tecidos acolchoados. Chegou ao Brasil em 2003 disposto a empreender.
Com o sotaque luso carregado, Eurico explica passo a passo como é feita a limpeza dos móveis e apresenta o principal “funcionário” da empresa, a máquina de limpeza Rainbow. De fabricação norte-americana, a máquina faz um trabalho minucioso de higienização.
“Quando cheguei ao Brasil em 2003 e abandonei a construção civil, fiquei pensando em algo que não existia na cidade de Rio Branco e resolvi investir por completo nisso. Foi então que me veio a ideia de trabalhar no setor de higienização, que é bastante escasso na cidade. Não deu outra. O negócio foi deslanchando e hoje só tenho a agradecer. O Sebrae surgiu na minha vida em 2011, sou um MEI há quase cinco anos e isso só me trouxe coisas boas” enfatiza.