Servidores de vários órgãos federais unidos deflagraram uma paralisação de 24 horas, nesta quinta-feira, 9. Em um ato realizado no Centro de Rio Branco, os manifestantes exigem a retomada de negociações com o governo, para que haja melhorias estruturais e investimentos no setor. Além de protestarem contra a aprovação do projeto de lei 4330, conhecida como Lei da Terceirização.
Participaram do ato: servidores da Universidade Federal do Acre (Ufac), do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). De acordo com a organização, no Acre, ao menos 1.400 aderiram ao movimento nacional. O ato é resultado de um Fórum Estadual que reuniu os servidores de todos os órgãos federais que atuam no Acre.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sintest/AC), Robson Mendonça, o objetivo da paralisação é buscar o cumprimento integral do acordo realizado entre o governo e a classe em 2012.
“Queremos mostrar nosso repúdio à lei de terceirização. Todos esses pontos e decisões tomadas pelo governo só agridem o servidor federal. Buscamos a capacitação dos servidores, a reposição das perdas salariais e regularizar a situação dos aposentados. Caso a categoria não seja atendida, pode haver greve”, destacou.
O presidente da Associação de Docentes da Ufac (Adufac), Gilberto Melo, explica que o protesto visa defender melhores condições de trabalho e segurança para os trabalhadores. “Existe um recurso mínimo que deve ser passado para áreas prioritárias como a Educação. A lei de terceirização prejudica os trabalhadores do serviço público e privado. O que teremos são pessoas trabalhando mais, ganhando menos e sem direitos trabalhistas. Queremos que o governo abra o processo de negociação, para não haver necessidade de greve”, finalizou.
Para Anderson Peixoto, presidente da Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Asibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), a intenção é mobilizar a categoria para que sejam atendidos pelo governo e possam prestar um serviço de melhor qualidade à população.
“O governo está promovendo uma série de cortes de verbas para estes órgãos. Isso gera problemas para o cidadão que procura tais serviços. Além disso, a lei de terceirização é um passo para trás. Isso tira os direitos do servidor e não aceitamos”, falou.