Quem nunca precisou de um serviço público e se deparou com funcionários grosseiros e de má vontade? Pois quero registrar aqui, que essa situação não se restringe apenas aos cidadãos.
Essa semana ao realizar mais uma de minhas pautas rotineiras, me deparei com uma “vice-coordenadora” de uma unidade de saúde, extremamente grosseira e de má vontade.
A situação foi a seguinte, solicitei educadamente algumas informações básicas a cerca de uma campanha de vacinação. Primeiramente, ela disse que eu deveria procurar a Vigilância Sanitária. Oi? Após indagada, de qual seria o motivo, ela desconversou e disse que a coordenadora estava em uma reunião. Expliquei que eu não queria dados, apenas informações básicas, e se ela poderia conversar comigo. A funcionária pública respondeu grosseiramente: Olha, na verdade, não posso responder, não. Já tive problemas com “outros repórteres”.
Gente, é lei. A Lei nº 12.527 ou Lei de Acesso à Informação assegura que qualquer pessoa, física ou jurídica, sem necessidade de apresentar motivo, o recebimento de informações públicas de órgão ou entidade.
Eu não pedi que ela abrisse um sorriso, ou que fosse educada. Na verdade, se não fosse a sua má vontade e grosseria, eu nem teria me importado de não ter as informações. O serviço público está repleto de pessoas assim, mas, o extremo oposto também se faz presente.
Bom, no final, agradeci e procurei outra unidade de saúde. Fiquei tão chocada com o contraste que achei que merecia um artigo.
Na segunda unidade eu fui tão bem recebida, que a entrevista virou um bate-papo descontraído. Esses extremos opostos andam lado a lado em qualquer circunstância da nossa vida, e não precisa ir muito longe para se deparar com situações desse tipo.
Não faço questão de funcionários sorridentes e educados. Acho mais eficientes aqueles que estão sempre prontos para resolver meu problema, naturalmente e sem grosseria. Afinal, respeito às personalidades do ser humano e suas individualidades.
* Bruna Mello é jornalista
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