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Diretor clínico da maternidade esclarece aos deputados possíveis problemas na unidade

O diretor clínico da Maternidade Bárbara Heliodora, o médico Edvaldo Amorim, compareceu à sessão ordinária da Aleac, na manhã de quinta-feira, 30, para prestar esclarecimentos acerca da parturiente que deu a luz na recepção da Maternidade Bárbara Heliodora e sobre os altos índices de mortalidade infantil na unidade de saúde.

Edvaldo respondeu aos questionamentos levantados pelos deputados estaduais presentes na sessão. Ele frisou que a problemática em torno do atendimento na maternidade é devido à sobrecarga vinda do interior do Estado.

“Se em Senador Guiomard e Plácido de Castro forem realizados os partos normais, a Maternidade Bárbara Heliodora vai fazer o seu trabalho. Os hospitais do interior estão aptos a realizarem partos normais. O parto normal é algo, como se diz, normal, natural. Se ele ocorrer sem patologias não precisa sequer de clínico geral”, conclui Edvaldo Amorim.

Em relação à quantidade de médicos, o diretor ressaltou que a unidade possui uma quantidade ideal de profissionais. “São cinco médicos que atendem na unidade”, disse o diretor clínico ao explicar ainda o número de óbitos ocorridos nos últimos meses.

“Muitas mães saem do interior para dar a luz na Capital. Em muitos casos, infelizmente, durante o trajeto, o bebê nasce sem vida. Quem notifica é maternidade, uma vez que fomos nós que recebemos a mãe. Por isso esse número alto de óbitos fetais”, explicou.

A presença do diretor clínico da maternidade na Aleac foi solicitada pelo deputado Raimundinho da Saúde (PTN). Ele frisou que, após a explicação, a Comissão de Saúde do parlamento estadual estará acompanhando os trabalhos desenvolvidos na unidade hospitalar.

“Estamos satisfeitos com os esclarecimentos do Dr. Edvaldo. Os problemas foram identificados e tenho certeza que serão solucionados. Estaremos acompanhando o desenrolar desta história”, disse.

O deputado Heitor Júnior (PDT) frisou que a sobrecarga na maternidade é um efeito causado pelos hospitais do interior que não estão habilitados para fazerem partos, até mesmo os normais.

“Receio que problema realmente seja de gestão. Quero reportar que nenhum hospital que visitamos no interior faz parto normal. Em Senador Guiomard tem uma estrutura fantástica e não faz nem parto normal. Isso é um problema que deve ser visto com um olhar especial”, pontou o deputado.

Por fim, Edvaldo Amorim salientou que todas as providências estão sendo tomadas para apurar o caso da jovem que deu à luz na recepção da maternidade. E frisou que, mesmo com este episódio, a paciente foi atendida de forma correta e passa bem, juntamente com o bebê.

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