O projeto da Eletrobrás Energia+, que tem o objetivo de reduzir as perdas elétricas, aumentar as taxas de arrecadação e melhorar a qualidade do serviço de suas seis empresas de distribuição, envolve a instalação de smart grids. O projeto prevê a instalação de 80 mil medidores nas distribuidoras Eletrobras do Amazonas, Alagoas, Piauí, Rondônia, Roraima e no Acre com previsão para início em julho.
No Acre serão instalados 9 mil medidores de unidades consumidoras, sendo 500 UC de Média e 8,5 mil de baixa tensão. O investimento previsto para o projeto é de cerca de R$ 26 milhões. De acordo com o gerente do projeto no Estado, Ednaldo Medeiros, as instalações nas UC de Baixa Tensão devem começar no início de 2016, com previsão de conclusão em dezembro do mesmo ano.
“Faremos também a telemedição de 35 alimentadores das subestações dos municípios de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Senador Guiomard, Capixaba, Xapuri, Plácido de Castro e Acrelândia. A tecnologia aplicada no projeto não é novidade, trata-se de uma tendência mundial”, confirmou o gerente.
Ednaldo destaca que a redução dos problemas por erros no processo de leitura dos medidores, é uma das principais vantagens com a instalação dos medidores inteligentes. “A leitura correta garante o correto faturamento das UC, além de poder visualizar os possíveis defeitos técnicos em medidores ou no serviço de distribuição de forma imediata, permitindo ações corretivas mais rápidas e eficientes”, explicou o gerente.
Para o consumidor, o atendimento será diferenciado através de serviços exclusivos para acompanhamento e controle de consumo de energia elétrica e, ainda, agilidade no atendimento das reclamações.
Os medidores utilizam a arquitetura Cisco Field Area Network (FAN) que, de acordo com a fornecedora, funciona como uma infraestrutura de medição avançada (AMI, na sigla em inglês). A solução é baseada no protocolo IPv6 e permite automação da distribuição de energia, gerência das equipes de campo e integração com sistemas legados.
Nessa primeira fase do projeto, os dados coletados pelos 80 mil medidores serão transmitidos em tempo real para a Central de Inteligência da Medição, que ficará em Brasília, para monitorar e controlar os medidores.
O programa Energia+ conta com aporte de R$ 1,2 bilhão do Banco Mundial e a implementação total do projeto de AMI, sob responsabilidade do consórcio formado por Siemens, Itron, Telefônica e Telemont, deverá ser concluída em 2017.