Ontem era o ‘grande dia’ na Assembleia Legislativa do Acre. Desde a semana passada, quando o governador Tião Viana acusou a prefeitura de Cruzeiro do Sul de ser ‘omissa criminosamente’ e o parlamento prometeu convocar Vagner Sales para se explicar, não se falava em outra coisa.
Politicamente, era o grande confronto. Governo contra o prefeito da maior cidade do Juruá. Carne de pescoço contra carne de pescoço. Altas expectativas de debates fervorosos. Ânimos mais exaltados. Colunas da área não falavam em outra coisa.
E aí aconteceu o que se viu na manhã de ontem. A conclusão perfeita para este estardalhaço todo foi a fala do coordenador regional da Saúde estadual em Cruzeiro do Sul, Itamar de Sá: “Acredito que um tema tão importante como este deva ser debatido da forma mais correta possível. Um debate coerente, sério, sereno, onde verdades sejam ditas”.
De fato, foi uma convocação muito ‘falacionista’ e pouco producente. Faltou falar naquilo que o povo mais quer saber: e agora, como vai ser? O que vão fazer para resolver este problema da dengue que nunca na história tinha sido tão forte em Cruzeiro do Sul (pessoas morreram)? Bateram pouco nesta tecla ontem. Mas, daqui pra frente, podem insistir mais combater e prevenir a população cruzeirense de sofrer de novo nas garras, ou melhor, no bico do mosquito da dengue.
