Apesar de a chamada grande mídia continuar ignorando por razões de política menor, politiqueira, os governos brasileiro e da China começam a dar demonstrações de que estão mesmo dispostos a construir a Ferrovia Interoceânica.
Como se está divulgando, o embaixador da China no Brasil e 23 empresários daquele país estão reunidos desde ontem em Rondônia com representantes deste e dos estados de Mato Grosso e Acre para debater, entre outros aspectos, o traçado que esta ferrovia deverá percorrer.
O Acre, representado pela vice-governadora, Nazaré Araújo e empresários locais, tem bons motivos para participar, ativamente, deste e de outros debates e decisões a serem tomadas, considerando que a ferrovia deverá passar aqui pelo Estado, fazendo a ligação com o Peru.
Além disso, sempre se disse que uma das melhores saídas para o desenvolvimento socioeconômico do Estado é a ligação com os países vizinhos, notadamente o Peru e a Bolívia, até chegar ao Oceânico Pacífico para alcançar os países asiáticos. Ora, essa ferrovia tem tudo a ver com essa perspectiva e o Acre precisa se preparar para tirar o devido proveito e não apenas ficar como mero espectador, olhando o trem passar.
Evidentemente, que se devem tomar todas as precauções recomendadas para a proteção ambiental que este tipo de obra exige. O que não é incompatível, porém, com o meio ambiente e o desenvolvimento socioeconômico. Incompatível é a miséria.