Além dos prejuízos causados ao comércio local e, por extensão, aos consumidores, a greve dos funcionários da Suframa já está causando transtornos também para milhares de passageiros que estão sendo parados na entrada da cidade com o movimento dos caminhoneiros de fechar a BR-364.
Ontem, quem precisava ir ou vir para o trabalho, para a escola ou outros afazeres ficou horas retido no local com a interdição da rodovia. A tendência é a de que a situação se agrave nos próximos dias com a chegada de mais caminhoneiros.
Nada contra o direito dos servidores de reivindicarem melhores salários e condições de trabalho. Neste caso, porém, da Suframa, trata-se de um serviço essencial e o Estado não pode sofrer as consequências de um desabastecimento de produtos essenciais.
Assim como os caminhoneiros não podem ficar com suas cargas retidas, sofrendo todo tipo de privações, até que se decida uma greve por “tempo indeterminado”.
Como não se pode aceitar que dirigentes da Suframa digam apenas que reconhecem o direito dos servidores, sem resolver o impasse. Nada mais recomendável e necessário, portanto, que autoridades do Estado intervenham e façam valer os interesses maiores da população. Um estado inteiro não pode ficar refém de burocratas que não tem pressa em decidir.