Apesar da continuidade da greve da Suframa por tempo indeterminado, a fim de para alcançar melhorias salariais, já é possível encontrar uma situação de calmaria a frente da instituição. Com uma significativa redução do montante de caminhões acumulados, os caminhoneiros estão no aguardo nas redondezas e no posto próximo.
O vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Suframa, Renato Santos afirma que há cerca de 100 caminhões no aguardo e desta categoria estão sendo realizados 15 atendimentos ao dia (que na semana anterior eram mais de 300). O tempo de espera está entre sete e oito dias (e anteriormente, girava em torno de uma quinzena).
”Estamos aguardando o dia 30. Uma iniciativa da Fecomércio foi reunir em um documento a demanda local e somar a de outros estados: Rondônia, Roraima, Amazonas e Amapá. Em parceria encaminharemos para as bancadas para o apoio a derrubada do veto”, afirma Renato.
Mais de um mês de greve tem como impacto a rejeição de transportadoras para cargas com destino ao Acre. Assim como indústrias que enviaram os pedidos, estão com as notas faturadas (contando o prazo do vencimento) e muitas já estão em atraso, porque os revendedores não receberam. Não se paga pelo o que não foi entregue. E então novas compras não estão sendo realizadas.
“Acredito que não vai chegar a faltar mercadorias, porque o Acre tinha se preparado para a alagação, então tinha estoque”, argumenta Renato. No entanto, o balanço feito pela Suframa do Amazonas aponta um prejuízo de R$ 1 bilhão para a indústria, dado que a Suframa local não possui.
Foto- Odair Leal/A GAZETA