Com o veto do governo federal ao projeto, aprovado pelo Congresso, que previa reajuste de até 78% nos salários dos servidores federais do Judiciário, no Acre a greve que acontece há mais de um mês, decidiram em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira, 22, a continuar com a paralisação. Além disso, a categoria conta com o apoio dos parlamentares acreanos para derrubar a decisão da presidente, na Câmara Federal.
Para justificar para o veto, a presidente ressaltou que o projeto geraria impacto de R$ 25 bilhões para os próximos quatro anos e não indicava de onde sairia a receita. Segundo ela, “um impacto dessa magnitude é contrário aos esforços necessários para o equilíbrio fiscal na gestão de recursos públicos”.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Justiça Federal, do Trabalho e Eleitoral (Sinpojufes), Josemir Melo, o projeto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, inclusive com o apoio de parlamentares acreanos.
“Pelo projeto, o reajuste será escalonado, de julho de 2015 até dezembro de 2017, e o pagamento será feito em seis parcelas. O impacto será de R$ 10 bilhões e em 2018”, confirmou o presidente.
Uma nova assembleia com a categoria local deverá ocorrer em agosto. Em 30 de junho, o Senado aprovou reajuste que varia de 53% a 78,5%, de acordo com o cargo, a ser pago em seis parcelas até 2017. O governo sempre se posicionou contra o projeto.
A greve é nacional e atinge todos os estados brasileiros. No Acre, os 400 servidores federais aderiram o movimento de paralisação.