X

Malharias registram queda nas vendas de camisetas para a cavalgada 2015

Empresários apontam queda de 50% nas vendas em 2015. (Foto: Odair Leal/ A GAZETA)

A maior feira de negócios do Estado se aproxima. É época de Expoacre! Serão nove noites de programação, com a realização da tradicional cavalgada nesse domingo, 26, com saída no Calçadão da Gameleira. A menos de uma semana, os preparativos para a Cavalgada estão a todo vapor, o comércio está aquecido com a venda de trajes country, acessórios, entre outros artigos. Contudo, as malharias que confeccionam camisetas, para quem escolhe ir de comitiva, registram queda de mais de 50% nas vendas.

Segundo a proprietária da Gabi Malharia, Lucélia Modesto, as vendas de camisetas para a Cavalgada caíram cerca de 90%. “Ano passado vendi aproximadamente mil camisas e camisetas. Este ano eu vendi no máximo 100”, contou.

Modesto explica que seu maior público essa época do ano são empresários que possuem stands dentro do Parque de Exposição. Ela avalia como negativa as vendas referentes à Cavalgada. “Diminuiu muito. Isso também se deve à crise do país. Não é apenas o Estado, é o país inteiro”, acrescentou.

As camisas de punho, tradicionalmente utilizadas pelas pessoas que vão em comitivas, podem chegar até R$ 75. Já as camisas básicas têm o valor de R$ 15 (não personalizadas). “O preço continua o mesmo, estou tentando manter, pois nós temos uma clientela fixa”, disse Modesto.

“Até os organizadores de comitivas estão com dificuldade de vender”
Há 23 anos no mercado, a proprietária da malharia Manasi, Neiva Campos, conta que, em relação ao ano passado, as vendas referentes à Cavalgada caíram mais de 50%. Em 2014, cerca de três mil blusas foram vendidas. Já este ano foi confeccionado aproximadamente 1.200, um número que não representa nem a metade do ano anterior. “O mercado todo está em crise. Até os organizadores de comitivas estão com dificuldade de vender. Está difícil”, justificou.

Os valores das camisetas variam entre R$ 22 e R$ 52. De acordo com Campos, algumas pessoas procuram de última hora a confecção das blusas, mas é um número pequeno. “Ainda ontem peguei uma encomenda, mas não temos mais tempo para fazer. Muitas pessoas pediram de fora do Estado, e quando as camisas chegam não servem no público”, relevou.

“Em relação ao ano passado, as vendas estão bem mais fracas, o movimento caiu muito. Nessa época, ano passado, nós não tínhamos tempo nem para comer direito. Agora está bem tranquilo. A maioria das encomendas que tínhamos para entregar já entregamos”, finalizou a proprietária.

 

A Gazeta do Acre: