A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) do Senado aprovou na manhã desta terça-feira, 18, o requerimento apresentado pelo senador Jorge Viana para realização de uma audiência pública com gestores e empresários da aviação civil no Brasil para tratar do alto custo e da má qualidade dos serviços de transporte aéreo na Amazônia. O requerimento recebeu apoio de todos os parlamentares presentes e a data da audiência já foi marcada para o próximo dia 1º de setembro.
Serão convidados para a audiência o Ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Pacheco dos Guaranys, e os presidentes das companhias aéreas TAM, Gol, Azul e Avianca. De acordo com o senador Jorge Viana, é inaceitável que um serviço de primeira necessidade para os brasileiros, especialmente os que vivem na Amazônia, paguem tão caro, ainda recebendo um serviço de qualidade tão baixa.
“Sou usuário e falo com conhecimento de causa. Queremos que eles expliquem o porquê, do ponto de vista da aviação, nós somos tratados como brasileiros de segunda classe. Para que eles expliquem como uma passagem Brasília-Rio Branco, ida e volta, é mais cara do que para Tóquio ou qualquer outra capital do mundo. Porque só algumas companhias aéreas oferecem voos para Rio Branco e outras capitais da Amazônia? Porque o Acre está sempre fora de qualquer promoção que as companhias aéreas fazem?”, questiona o parlamentar.
Essa tem sido uma luta do senador Jorge Viana desde o início de seu mandato no Senado Federal. Uma das conquistas até agora, foi o estabelecimento de um teto máximo para as passagens para Cruzeiro do Sul. Mas, segundo ele, isso não é suficiente. “O preço precisa ser justo. E não só para Cruzeiro do Sul, mas para Rio Branco também, assim como outras capitais da região”, justifica.
O senador exemplificou o alto custo das passagens, ao mostrar que o preço do trecho entre Brasília e Rio Branco chega a R$ 1.500,00 ou mais, apenas ida ou volta. O custo total de uma viagem ficaria em mais de R$ 3 mil.
“É inadmissível que a população brasileira tenha seu direito de ir e vir cerceado pelo preço abusivo das passagens aéreas. É uma exploração o que as companhias aéreas estão fazendo. Esta é uma questão central para o Acre seguir em frente e a nossa população, que lutou para fazer parte do Brasil, se sentir respeitada como brasileiros”, declarou o parlamentar.