Segundo a Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE), 494 empresas fecharam no Acre, no primeiro semestre de 2015. Os dados são com base nos cadastros das Juntas Comerciais de todo o País, divulgados na segunda semana de agosto. Paralelo ao fechamento, 442 empresas foram criadas, o que gera um saldo negativo de 52 empresas. No total, fecharam 11.76% mais empresas do que abriram.
Para o presidente da Associação Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola do Acre (Acisa), Jurilande Aragão, a crise econômica é o fator principal para o fechamento dessas empresas. “Essa crise já tinha sido anunciada, e começou nesse ano. Dizem que pode durar até três anos, e isso me preocupa muito”, disse.
Somente no mês de junho, 96 empresas foram fechadas no Estado, e 42 foram abertas, totalizando 56.25% de diferença, o pior resultado do Acre em 2015. O presidente destaca a queda no consumo e o aumento dos impostos como fatores determinantes. “Essa é uma crise ética, política e econômica. Nós temos que ser criativos para que essa crise não tome proporções maiores”, alertou Aragão.
Por fim, o presidente citou que pela primeira vez em nove anos, os aposentados do INSS, não receberão a primeira parcela da aposentadoria no mês de agosto. Além do aumento da contribuição do INSS das empresas.
No Brasil, no período de janeiro a junho, 191 mil empresas deram baixa em seus registros nas juntas comerciais do País. Nesse mesmo período, 232 mil empresas foram abertas. Os Micro Empreendimentos Individuais (MEI) não estão inclusos nesse levantamento da SMPE.