Em greve há 82 dias, os professores e técnicos da Universidade Federal do Acre (Ufac) continuam o movimento por tempo indeterminado. Em Assembleia Geral, a categoria se reuniu nesta terça-feira, 18, para discutir algumas pautas nacionais e locais. A greve atinge 34 universidades federais de 22 estados e dois institutos.
As categorias reivindicam cortes feitos pelo Governo federal no orçamento das instituições e a infraestrutura ruim dos locais. Além disso, eles pedem reajuste salarial, garantia de autonomia, reestruturação da carreira e mais investimentos para a educação.
Segundo o presidente da Associação dos Docentes da Ufac (ADUFAC), Gilberto Melo, a ideia é radicalizar e intensificar o movimento grevista. Ele disse que tanto no âmbito nacional, quanto no local, a categoria não está sendo recebida para negociações. “Não tivemos nenhuma resposta. Até a abertura das negociações a greve continua por tempo indeterminado. A determinação é engrossar e radicalizar o mivimento”, afirmou.
O presidente esclareceu boatos de que as aulas retornariam dia 24 de agosto. “Não há previsão para o retorno”, disse. Desde a semana passada, as categorias vêm se reunindo e intensificando as cobranças, por exemplo, as vagas para docentes a instituição. O primeiro semestre da Universidade não foi concluído, e o ano letivo está comprometido.
Nos dias 27 e 28 de agosto, acontecerá em Brasília um grande ato realizado pela categoria. “No dia 28 em especial, a ideia é ocupar o Ministério da Educação. Vamos ficar na porta até nós sermos recebidos”, revelou o presidente.