Os votos proferidos até agora no STF (Supremo Tribunal Federal) frustraram defensores da descriminalização das drogas. Apesar da sinalização de que o porte de maconha para consumo pessoal pode ser liberado, são poucas as chances de a medida ser estendida para todas as drogas, como se esperava inicialmente.
Insônia da crise
O medo de perder o emprego tira a paz do consumidor. O Índice Nacional de Confiança bateu 82 pontos em agosto, numa escala que vai de 0 a 200 – aonde quanto mais baixo, pior. Esse é o menor indicador desde 1985, quando começou a ser medido pelo Instituto Ipsos.
Lula lá
Em relatório entregue ao Supremo Tribunal Federal na quinta-feira, 10, o delegado da Polícia Federal Josélio Azevedo de Sousa solicitou que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva seja ouvido em inquérito no STF que trata de parlamentares com foro privilegiado como desdobramento da Operação Lava Jato. A informação foi divulgada na sexta-feira.
O buraco é bem mais embaixo
É de assustar a leitura dos diários oficiais no Brasil. Os absurdos praticados com dinheiro público são tantos que fica difícil eleger o maior descalabro. O rombo de R$ 30 bilhões no Orçamento da União é até modesto pelo número de falcatruas que estão vindo a tona por aí em todas as esferas de poder.
Campanha pela paz
Uma campanha nacional pela manutenção do Estatuto do Desarmamento será lançada por parlamentares de 273 diferentes partidos políticos e entidades como o Viva Rio, o Instituto Igarapé e o Instituto Sou da Paz, a partir da segunda-feira 14. O alvo é combater o projeto de lei 3.722, que flexibiliza o uso de armas de fogo.
Vitrine quebrada I
Ao retirar do Brasil o selo de bom pagador na quarta-feira 9, a Standard & Poor’s, principal agência de classificação de risco, escancarou o que já era um sentimento nos meios políticos, jurídico e empresarial: a crise político-econômica tem nome e sobrenome. O rebaixamento para grau especulativo, o que significa maior risco de calote, foi atribuído pela S&P à incapacidade da gestão Dilma de equilibrar as contas públicas, às constantes revisões das metas de superávit fiscal e às divergências profundas de integrantes do governo em torno do tema. No final semana passada, a pergunta que se impunha no País era como Dilma ainda poderia seguir na cadeira de presidente da República.
Vitrine quebrada II
Entre os próprios petistas, a avaliação é de que a falência completa da gestão, agravada com a perda do grau de investimento, implodiu as derradeiras pontes construídas – a muito custo – pelo governo com setores do empresariado no início de agosto. E arrebentou o último fiapo que ainda unia o governo às classes C e D – agora desesperadas com a certeza do aumento do desemprego e da recessão.