“Já acho um absurdo o cobrado pela gasolina sem reajuste, imagine com um acréscimo de até R$0,20. Onde vamos parar?”, questiona o motorista, André Morais, sobre o reajuste que chegou às bombas dos postos de combustíveis em Rio Branco.
Em entrevista coletiva na quarta-feira, 30, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Gás Liquefeito de Petróleo e Lubrificantes do Acre (Sindepac), Delano Lima, confirmou o aumento e orientou que o consumidor pesquise antes de efetuar a compra.
O diesel, que também sofre aumente, deve ser reajustados em, aproximadamente, R$ 0,15. Em Rio Branco, o preço médio da gasolina é de R$ 3,73, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Bicombustíveis (ANP). Com o aumento, o valor deve chegar à casa R$ 3,93. Já o litro do diesel atualmente é vendido por em torno de R$ 3,48 e deve chegar a R$ 3,63.
Nas redes sociais, vários usuários reclamaram do reajuste. “Já aumentaram o gás, a energia elétrica e agora a gasolina. Vai ficar difícil”, apontou o internauta Luiz Pedro Silva.
O presidente do Sindepac, Delano Lima, explicou que o reajuste no estado deve seguir as mesmas porcentagens nacionais (6% para gasolina e 4% para diesel). No entanto, os preços exatos nas bombas vão depender do valor que as distribuidoras repassarem aos empresários.
“O reajuste é nacional. Na nossa região, estamos aguardando as distribuidoras repassarem aos postos. Ao efetuar a compra do produto para repor o estoque é que os empresários irão reajustar os valores. Em alguns postos isso já está ocorrendo”, detalhou Delano.
Devido aos reajustes, o presidente do Sindepac confirma existir uma queda no setor. “Já percebemos uma queda no consumo. O motorista que antes abastecia com R$ 100 agora abastece com R$ 50. Ele também, procurar andar menos ou utiliza os veículos que consomem menos combustível como as motocicletas”, esclareceu.
O último aumento dos combustíveis no Acre ocorreu em janeiro deste ano, devido à elevação do PIS e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Confins) ainda nas refinarias. “É importante que se diga que o preço é livre, portanto, vai haver uma variação entre um posto e outro. É a concorrência”, complementou.