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Resultado final da eleição para conselheiro tutelar é divulgado; 11 mulheres foram eleitas

As eleições para conselheiro tutelar aconteceram no último domingo, 4, em todo o Brasil. Em Rio Branco, 54 candidatos disputaram 15 vagas. Desses, onze mulheres foram eleitas. No total, 17 mil eleitores foram às urnas votar. Essa foi a primeira vez que os brasileiros elegeram conselheiros tutelares através de processo unificado, ou seja, realizado simultaneamente em todo o país. Vale ressaltar que o voto é facultativo (não obrigatório), e o processo eleitoral é majoritário, em que se elegem os mais votados.

O secretário municipal de Direitos Humanos e Políticas Afirmativas (SEDHIPA), Evandro Rosas, destacou o índice de participação dos eleitores. Para ele, o resultado foi positivo, se considerar que o voto é facultativo. “Foi muito bom, muita gente participou. Foi um sucesso o processo eleitoral”, disse.

Segundo Rosas, a média de votos entre os candidatos foi bastante acentuada. Com relação ao erro do mesário, que causou o atraso no resultado das eleições, o secretário explica que não houve intenção de fraude. “O rapaz colocou na caixa da urna do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o boletim final. Hoje (segunda-feira, 5), nós fomos até o TRE e as filipetas estavam na caixa da urna eletrônica. Não teve nenhum tipo de maldade, nada que atrapalhasse o processo”, afirmou.

Na Capital, a eleição foi organizada pela prefeitura por meio da SEDHIPA, em parceria com o Ministério Público Estadual (MPE), através da Coordenadoria de Infância e Adolescência, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente (CMDCA) e TRE. Ao todo, 216 servidores municipais atuaram voluntariamente nas 72 urnas instaladas nas zonas eleitorais. Os eleitos devem participar ainda da quinta etapa, o curso de capacitação de 40h, que será ministrado aos 15 conselheiros eleitos e quinze suplentes.

Com 964 votos, a assistente social Dilainne Vieira, foi a segunda mais votada. Para ela esse resultado é reflexo de todo o trabalho durante a campanha. “Foi muito trabalhoso. Não teria conseguido sem minha mãe. Estávamos dormindo super tarde e acordando bem cedo. Foi cansativo, mas valeu à pena”, contou a nova conselheira tutelar.

Aproximar o Conselho Tutelar da comunidade é um dos principais projetos de Vieira. Ela diz que várias pessoas reclamaram que o órgão estava muito distante da sociedade. “Muitas pessoas falaram também que tentavam entrar em contato com o Conselho e não tinham retorno. Quero dar continuidade a esse trabalho, aproximar mesmo da comunidade e das escolas”, explicou.

Por fim, Dilainne Vieira faz alguns agradecimentos: “Agradeço primeiramente a Deus, depois aos meus pais, aos amigos, familiares, colegas, que apoiaram e abraçaram a causa”.

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