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Heitor Junior comemora resultados de seu mandato como deputado estadual

Passados oito meses desde que assumiu uma das 24 cadeiras do parlamento estadual, o deputado Heitor Junior (PDT), em conversa com o jornal A GAZETA, destacou as principais ações de seu mandato. Ele ressalta que seu foco está voltado para a questão da erradicação da hepatite no Acre.

“O meu mandato tem foco principal na área da Saúde. Tenho um trabalho do qual me orgulho muito que é a questão da hepatite (…) meu objetivo é trabalhar para erradicar a hepatite no Estado”.

Ele comemorou a chegada dos novos remédios para o tratamento da hepatite C no Acre. “Estamos diante de um avanço da Medicina. Estas medicações irão proporcionar 95% de cura para os portadores dessa doença. Pode fazer um tratamento sem efeitos colaterais. É uma grande vitória”, disse.

Heitor falou, ainda, sobre o trabalho desenvolvido pela Associação de Portadores de Hepatites no Acre (Aphac). Citou também as maiores dificuldades enfrentadas ao longo desses anos de ações. “Um dos maiores gargalos diz respeito à questão financeira. A Aphac é uma associação sem fins lucrativos. Portanto, para desenvolver este trabalho, contamos com alguns parceiros”.

Quanto à Frente Parlamentar Alternativa, o deputado frisou que o foco principal é buscar ter voz dentro da coligação a qual pertence. Ele nega que o bloco tenha sido criado com o objetivo de barganhar cargos no atual governo.

A GAZETA – O senhor apresentou um projeto de lei que dispõe sobre a inserção, como tema transversal, da temática de hepatite na grade curricular nas escolas. O senhor acredita que isso possa diminuir os casos da doença?
Heitor Junior – Com certeza. Um dos fatores principais que acarreta esse número elevado de doentes no Acre é a falta de informação acerca do assunto. É preciso que a sociedade tenha consciência quais as formas de transmissão. Muitas vezes isso ocorre dentro de nossa própria casa, quando compartilhamos escova de dente, tesoura, alicates de unha, enfim, pessoas bem informadas acabam se prevenindo melhor. É importante que se saiba onde buscar socorro, acerca do tratamento também. A hepatite tem matado muita gente devido à falta de informação e não podemos permitir que isso continue acontecendo. Esse debate irá funcionar como um Proerd, um programa com informações preventivas para reduzir os casos da doença no Acre.

A GAZETA – Fale um pouco sobre as ações desenvolvidas pela Associação dos Portadores de Hepatite no Acre.
H. J. – A Aphac já existe há 23 anos e ao longo desse tempo temos desenvolvido um trabalho grandioso. Fui presidente da associação por sete anos e até chegar onde estamos atualmente não foi uma tarefa fácil. O Acre é a federação que apresenta mais casos de hepatite. A Aphac tem um trabalho social, informativo, preventivo através de testes rápidos, palestras. Já desenvolvemos diversos projetos em parceria com o Ministério da Saúde e também com a ONU. Hoje, somos uma referência nacional e isso é muito positivo, pois, confirma que estamos indo na direção certa. Nosso principal objetivo é dar suporte para que as pessoas possam ficar curadas da hepatite, enfim, auxiliamos desde a realização dos exames, diagnóstico da doença, tratamento.

A GAZETA – Como é realizado o trabalho no interior do Estado?
H. J. – A APhac está presente também em mais seis municípios acreanos ajudando aquelas pessoas que possuem uma maior dificuldade em relação realização de exames, bem como ao tratamento e a uso da medicação. Orientamos essas pessoas quanto ao procedimento a ser tomado.

A GAZETA – Quais são os maiores gargalos desse trabalho?
H. J. – Em relação à Aphac, um dos maiores gargalos diz respeito a questão financeira. A Aphac é uma associação sem fins lucrativos, portanto, para desenvolver esse trabalho nós contamos com alguns parceiros. O hoje o meu gabinete está responsável pelo pagamento dos funcionários da associação. Isso é uma forma de fazer com que a Aphac consiga continuar funcionando. Outro ponto diz respeito a voluntários. Infelizmente, não temos um grupo de voluntários permanentemente. Temos sempre que buscar pessoas que estão possuem afinidade com essa causa para nos ajudar.

A GAZETA – Recentemente o senhor viabilizou, junto ao Ministério da Saúde, a liberação da nova medicação para o tratamento dos portadores da hepatite C. Na última semana, os remédios chegaram a Rio Branco. Qual o próximo passo?
H. J. – Foi uma vitória grandiosa. Estou muito feliz que nesta semana recebemos os primeiros lotes dos remédios sufosbuvir e daclatasvir. Já o terceiro medicamento que compõe o tratamento, o simeprevir, será colocado na rede pública de saúde até dezembro. Só tenho a agradecer essa parceria com o Ministério da Saúde, em especial, ao Departamento Nacional de DST/AIDS e Hepatites Virais. O Dr. Fábio Mesquita foi fundamental para que essa medicação fosse liberada ao Acre.

A GAZETA – A medicação será destinada apenas apara a Capital? Qual critério será usado para a escolha de quem receberá esta medicação?
H. J. – Fui a Brasília por três vezes para tratar sobre essa questão da liberação da medicação e em uma das vezes apresentei uma lista contendo 263 nomes prioritários. São pessoas que precisam tomar essa medicação imediatamente. Claro que existe todo um protocolo a ser seguido. Nesse primeiro momento o remédio será liberado para os pacientes que apresentam fibrose em nível 3 e 4, chegando, em alguns casos, ao nível 2. Tudo vai depender do laudo médico. A medicação será liberação em nível de Acre, portanto pacientes do interior também serão contemplados. Este é um momento histórico no tratamento da hepatite C, haja vista que esses remédios irão proporcionar 95% de cura aos portadores dessa doença.

A GAZETA – Como está o andamento do seu projeto de lei que determina a inserção da disciplina de empreendedorismo nas escolas públicas?
H. J. – Esse projeto já foi aprovado na Assembleia Legislativa, faltando apenas a sanção governamental. A inserção da disciplina sobre empreendedorismo na grade curricular ajudará a sociedade acreana a sair do tradicional “emprego público”. Esta disciplina ajudará as pessoas a montarem seus próprios negócios. O assunto sendo desenvolvido na escola propiciará aos nossos jovens mais segurança para ingressarem no mercado.

A GAZETA – Já estamos chegando ao final do primeiro ano de mandato desta nova legislatura. O senhor está satisfeito com a sua atuação parlamentar?
H. J. – Estou contente com os resultados obtidos com as reivindicações que fizemos ao longo do ano. Uma das minhas principais bandeira de luta esse ano foi à hepatite. Esse é o meu foco principal. Tenho aprendido a cada dia como transformar o meu mandato em ações que possam beneficiar diretamente a população acreana. Posso afirmar que colhemos bons frutos nesse primeiro ano de mandato e, tenho certeza que nos próximos anos não será diferente, pois, este deputado aqui busca trabalhar em prol deste Estado. Estou satisfeito também com o trabalho que estamos desempenhando dentro das comissões no parlamento estadual.

A GAZETA – E quanto à Frente Parlamentar Alternativa, o que tem ocorrido nos debates dentro do bloco?
H. J. – A Frente Parlamentar Alternativa é composta pelos partidos PSDC, PDT, PTN, PRB e PRP. Embora muito se tenha comentado que a criação deste bloco teve como principal motivo barganhar cargos, nosso foco principal é o crescimento partidário e político. Entendemos que como colaboradores dentro de FPA, também temos o direito de participar da governabilidade. O que buscamos é nossa voz seja ouvida. Vamos lutar diariamente para crescer tanto na Capital quanto no interior do Estado e para garantir o bem-estar da população.

A GAZETA – Existe a possibilidade dos parlamentares que compõem esta frente saírem da FPA e seguirem um caminho alternativo ao do governo?
H. J. – Sinceramente, eu não acredito que isso possa acontecer. Embora haja divergência em muitos pensamentos e projetos, nosso foco nunca foi atuar contrário ao Governo do Estado. O que queremos como já dito acima é buscar o fortalecimento das siglas.

A GAZETA – Na última semana, o senhor esteve no Maranhão cumprindo uma agenda promovida pelo Parlamento Amazônico. Fale um pouco sobre esse encontro.
H. J. – Atualmente, esta pasta tem uma grande visibilidade no que diz respeito às ações em relação à Amazônia e, principalmente, em relação às pessoas que vivem nessa região. O objetivo é buscar soluções para problemas vivenciados na Amazônia, com alternativas que aliem desenvolvimento sustentável e crescimento econômico. Nesta agenda realizada em São Luiz, tive a oportunidade de convidar o presidente da Sudam para participar do encontro que acontece no Acre, no próximo dia 26 de novembro.

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