A presidente Dilma Rousseff afirmou na segunda-feira, 19, durante entrevista coletiva em Estocolmo, na Suécia, ao ser questionada sobre possível impeachment, que não acredita em processo de ruptura institucional no Brasil.
“Sobre a questão política, asseguro que o Brasil está em busca de uma estabilidade e não acreditamos que haja qualquer processo de ruptura institucional. Nós somos uma democracia e temos tanto um Legislativo, quanto um Executivo e um Judiciário independentes e que funcionam em autonomia e harmonia. Não acreditamos que haja nenhum risco de crise política mais acentuada”, frisou.
Dilma falou ainda sobre a crise na economia que o Brasil enfrenta. Ela voltou a afirmar que o país não tem problemas estruturais que possam levar a uma crise profunda. “Nós não temos bolha de crédito. Não temos processo estrutural que leve o Brasil a uma crise profunda. Acredito que a crise do Brasil é conjuntural e está sendo enfrentada”.
No último domingo, a presidente chegou a afirmar que a volta da CPMF é “crucial para o país voltar a crescer” e para reequilibrar as contas públicas do país. “O Brasil precisa aprovar a CPMF para que a gente tenha um ano de 2016 estável, do ponto de vista do reequilíbrio de nossas finanças”.
Ela rebateu também as críticas do presidente do PT, Rui Falcão, que defendeu a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “Eu acho que o presidente do PT pode ter a opinião que ele quiser. Não é a opinião do governo. Então, a gente respeita a opinião do presidente do PT, até porque ele é o presidente do partido que integra a base aliada, do partido mais importante, mas isso não significa que ela seja a opinião do governo”, disse ao ressalto que Levy continua no cargo.