No depoimento que prestou ontem na Assembleia Legislativa, durante reunião do Parlamento Amazônico, o general Guilherme Theophilo, do Comando Militar da Amazônia, foi claro e incisivo ao declarar que as fronteiras do Acre são livre trânsito para o narcotráfico e a criminalidade.
Com slides, fotografias e outros recursos, o general mostrou como as fronteiras do Acre com o Peru e a Bolívia estão completamente desguarnecidas por falta de recursos das Forças Armadas e das várias polícias para exercer uma vigilância mais efetiva sobre a entrada das drogas.
E acrescentou mais: que se o Governo brasileiro não destinar esses recursos, os países vizinhos, como maiores produtores e exportadores de cocaína e outras drogas, pouco ou nada estariam interessados em fazer essa vigilância.
Na verdade, o general não fez nenhuma grande revelação, porque há anos que se vem alertando sobre essa realidade – que o narcotráfico não desistiu de transformar o Acre e outros estados da Amazônia em entrepostos. Basta ver a quantidade de drogas apreendidas quase diariamente, apesar do esforço das forças policiais.
E como ele mesmo alertou o aumento da criminalidade nas cidades fronteiriças e por extensão no país afora tem sua causa principal no tráfico.