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Cobrar a contrapartida

Correta e elogiável, sob todos os aspectos, essa decisão do Governo do Acre em zerar o desmatamento ilegal até 2018, anunciado ontem durante a Conferência das Mudanças Climáticas – a COP 21 – em Paris, porém, é preciso cobrar a contrapartida.

Há anos que o Acre optou pelo chamado e decantado desenvolvimento sustentável, mantendo mais de 80 por cento de sua cobertura florestal, mas essa opção nem sempre foi devidamente reconhecida com o aporte de recursos necessários para projetos de desenvolvimento que garantam a melhoria e a qualidade de vida, sobretudo, para as populações que ainda vivem e tiram seu sustento da floresta.

Aliás, como se viu nesses dias durante essa conferência, o mundo inteiro exige que a floresta amazônica e sua rica biodiversidade seja preservada como uma das condições do equilíbrio climático do planeta, mas um ou outro país desenvolvido tem-se mostrado disposto a colaborar, efetivamente, para que essa preservação seja garantida.

No entanto, é preciso sempre lembrar que na Amazônia vivem mais de 30 milhões de habitantes que têm os mesmos direitos a uma vida digna e isso só será possível com investimentos em projetos sustentáveis.

O Acre está fazendo a sua parte, está na dianteira, mas é preciso mais.

A Gazeta do Acre: