Mais manifestações ontem em todo o país, essas em apoio à presidente da República e contra o processo de impeachment. Nada a opor, tudo normal num regime democrático.
Mas o que a sociedade quer mesmo é que se ponha um fim nessa crise econômica e política que vem se arrastando há mais de ano e jogando o país numa recessão que já custou milhares, milhões de empregos aos trabalhadores e está aviltando os salários com uma inflação que não para de subir.
O que admira e revolta é que partidos políticos e seus dirigentes que, historicamente, lutaram pela rede-mocratização do país sejam os principais mentores e protagonistas de um processo que visa a ruptura da ordem institucional e democrática, de consequências imprevisíveis. Ou seja, lamentavelmente, suas biografias irão para o lixo da história.
Aliás, segundo analistas mais isentos, as consequências são bastante previsíveis, como a piora ainda mais dos indicadores econômicos com a perda da credibilidade do país diante do cenário internacional. E a pior delas, um país dividido e, com certeza, uma convulsão social. É isso que querem? A sociedade, não.