Não eram muitos, mas a manifestação dos servidores da Eletroacre, realizada ontem, serviu para chamar a atenção das autoridades e sociedade para uma decisão do Governo Federal em privatizar algumas empresas de distribuição de energia, entre elas a do Acre.
Na verdade, trata-se de uma decisão ainda em estudos no Ministério das Minas e Energia visando o enxugamento do setor e, evidentemente, que isso implicaria em demissões de milhares de trabalhadores dessas empresas em vários estados.
Daí o sentido da manifestação e, no caso, os trabalhadores tem lá suas razões, considerando que a perda de postos de trabalho, sobretudo, na atual conjuntura econômica do país é sempre prejudicial.
Pelo sim, pelo não, o que a sociedade espera é que esta, como outras decisões, sejam mais explicitadas em seus reais objetivos. Que não sejam decisões tomadas apenas por burocratas que visam apenas o lucro sem olhar ou levar em conta a questão social e que os trabalhadores do setor sejam devidamente ouvidos em suas razões e reivindicações.
De outra parte, o que a sociedade também espera e exige é que essas empresas sejam mais eficientes na prestação desse serviço essencial da geração e fornecimento de energia. No caso do Acre, frequentemente, castigado por “apagões” há muito o que melhorar.