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Prisioneiro


Olá, tudo bem?
Como vai você?
É maravilhoso poder novamente compartilhar ideias, vivências e pensamentos de forma construtiva.
Desejo que este artigo de hoje venha contribuir positivamente e provocar em você reflexões seguras, e a coragem de mudar o que necessita ser mudado dentro de você.
Já se sentiu prisioneiro (a), sem poder se expressar, compartilhar suas crenças, ideias, posicionamentos, sem poder decidir suas escolhas pessoais e profissionais?
Vive prisioneiro (a) dentro de um relacionamento?
Aprisionado em seu próprio lar?
Sem direito a decidir e dire-cionar a sua vida, e até mesmo a sua carreira?
Como disse Mahatma Gandhi: “A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência”.
Meu amigo, minha amiga, as prisões não são as grades, mas sim as dificuldades, as incertezas, as dúvidas, os medos, e as impossibilidades mentais que criamos, nos fazendo prisioneiros, escravos de nós mesmos.
Já parou pra pensar que na vida, muitas vezes, nos aprisionamos e acreditamos que os outros nos aprisionam?
Ficamos presos a forma de tratar, pensar e agir do outro. Não nos manifestamos, nada dizemos ou fazemos, apenas permitimos que o outro fortaleça o seu domínio sobre nós, tirando nossas forças, por nos amedrontar, intimidar, nos fazer sentir-se culpados pela tristeza, sofrimento e dor deles.
A prisão não são as grades!
Neste momento eu estou entre quatro paredes, de porta fechada, o único som vêm dos teclados do meu computador e do ar condicionado, porém, sinto liberdade em falar com você através de palavras escritas, sim, sou livre e faço uso desta liberdade com responsabilidade. As quatro paredes e a porta fechada não me impedem de ser EU, de defender o que acredito e chegar inclusive, até você.
Quanto à liberdade, esta não é a rua.
Você pode ter toda permissão para agir, e não consegue ter esta atitude por se sentir preso.
Preso ao comodismo, conformismo ao medo.
E assim, vamos permitindo que decidam as nossas vidas por nós, que façam escolhas que caberiam a nós mesmos fazermos.
Pais, cuidado! Você pode estar decidindo a vida e a carreira do seu filho (a) por ele (a), ‘forçando’ ele viver um sonho que não é dele, apenas porque você acredita que é o melhor para ele (a), e isso trás consequências em vários aspectos.
Então, deixa seu filho (a) construir seus próprios sonhos, não queira aprisioná-lo a você. Use o seu papel como educador, orientador, conselheiro, motivador, aquele que apoia e respeita o dom, o potencial dele (a).
Filhos, se posicionem sem gritos ou outros comportamentos agressivos. Digam o que pensam de forma respeitosa, amorosa, pois, acima de tudo, são os seus pais. Coloque a sua visão e escute-os também, afinal, a experiência deles irá contribuir para a sua atuação dentro de um sistema e seus valores.
E você, sente-se preso (a) dentro de um relacionamento? O que te aprisiona? O que você tem aceitado ou permitido dentro desta relação que te faz sentir-se prisioneiro (a)? Dialoga a respeito? Expressa o que está sentindo sem cobranças? O que acha de ser firme em suas colocações? Sabe de uma coisa, está na hora de sair da condição de vítima, de prisioneiro, e agir como alguém que sabe o que realmente quer e anseia para a sua vida de forma consciente.
Mas Claudia, sinceramente, acredito que está me faltando forças.
Compreendo você.
Mas precisará buscar esta força em seu interior.
O que acha de começar pela sua forma de pensar sobre você mesmo, seu contexto, suas vul-nerabilidades, prioridades e maneira de encarar a sua vida, lembre-se de Gandhi, existem homens presos na rua e livres na prisão.
Eu reconheço que é difícil se assumir pra si mesmo, se olhar e admitir suas faltas e contribuições para a prisão que acredita viver.
Assumir sua impotência, participação e incompreensão, são passos que requer humildade e esforços extras.
Está disposto a correr riscos e pagar o preço?
Então, mãos à obra, pois o tempo está passando e a sua vida depende de você e de suas atitudes diante dela.
Confronte-se! Torne-se o protagonista de sua história.
Pense, planeje e execute através de uma re-educação.
Se deu errado, tem problema não, vá para o plano B, mas não desista de sonhar e lutar.
Pois a pior prisão é aquela que nos aprisiona dentro de nós mesmos, nos impossibilitando de sentir o prazer da conquista e da liberdade.

Um grande abraço!

Fica com Deus.

Claudia Correia é Psicóloga
claudiacorreiamt@hotmail.com
Facebook: Claudia Correia de Melo
Site: claudiacorreia.com.br

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