Destaque ontem no noticiário, esta decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio de Mello, de ordenar que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, abra processo de impeachment também contra o vice-presidente da República, Michel Temer, deixa os defensores desse processo numa situação vexatória e o próprio Congresso Nacional, por extensão.
Segundo o ministro, os motivos são os mesmos que levaram o presidente da Câmara a aceitar o pedido contra a presidente Dilma Rousseff. Ou seja, ao assumir a presidência, o vice teria assinado decretos que caracterizariam as mesmas “pedaladas fiscais”.
Em tese, portanto, isso significa que, em se cassando o mandato da presidente, o Congresso teria que, obrigatoriamente, cassar o mandato do vice e na prática afundaria de vez o país no caos institucional e motivo de descrédito no cenário internacional, mais do que já se encontra.
Na verdade, o que o ministro, bem como outros setores pensantes da sociedade querem mostrar é que esse processo de impeachment é um desastre para o país, em todos os aspectos e só agravará ainda mais os problemas socioeconômicos, que já tem custado a perda de milhares, milhões de empregos. A sociedade está cansada, enojada mesmo de toda essa pantomima.