Para se ter uma ideia da promiscuidade ética e moral desse processo do impeachment, a previsão é a de que o primeiro voto será dado por um deputado do Rio Grande do Sul, Afonso Hamm, do PP, que está sendo investigado e denunciado pela Operação Lava Jato de receber um “mensalinho”, que variava de R$ 30 a R$ 150 mil de propina.
E ontem o referido parlamentar foi destaque em todos os jornais e redes sociais, gabando-se da façanha e já declarando seu voto favorável. Este é apenas mais um detalhe desse processo vergonhoso, que está sendo urdido e comandado por um gangster, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o qual, a rigor, já deveria ter sido afastado do cargo, do mandato e deveria estar atrás das grades.
Informações como esta e outras são importantes para que a sociedade acompanhe de perto e tenha uma noção do que irá acontecer nos próximos dias neste país, que está sendo objeto de preocupação de entidades internacionais como a ONU e também de escárnio na imprensa internacional.
Ou seja, um país que vinha se firmando no cenário internacional como um dos mais promissores, com uma democracia estável, depois de passar por mais de duas décadas por uma ditadura sangrenta, corre o risco de se transformar outra vez numa “repu-bliqueta de banana”. Tudo muito triste, deprimente.
