Após o governo federal propor o valor de R$ 946 do salário mínimo para o ano de 2017, os acreanos preveem que os R$ 66 não vão sobrar no orçamento. O novo valor deve beneficiar 48 milhões de pessoas que tem a renda vinculada ao piso nacional. O primeiro pagamento do novo valor deve ocorrer em fevereiro do próximo ano. O percentual de correção do salário mínimo, pela proposta, será de 7,5%.
O salário mínimo é calculado com base em uma fórmula que combina a inflação do ano anterior e a variação dos últimos dois anos do Produto Interno Bruno (PIB), que mede o crescimento econômico do país.
Esse valor proposto para o salário mínimo em 2017 pelo governo federal, entretanto, ainda pode ser alterado no futuro, com base nos parâmetros estabelecidos para sua correção (crescimento do PIB do ano de 2015 e da inflação, medida pelo INPC, deste ano).
De acordo com a empregada doméstica, Ellen Souza, o reajuste no salário mínimo não dá para ser comemorado. “Com o reajuste, todos os setores e serviços também sofrem aumento. Por isso, eu acho que não dá para comemorar”, falou.
Se está ruim para quem recebe, imagina para quem paga, comentou a comerciante, Maria Aparecida Lima. “Isso porque os custos com funcionários não se restringem a apenas ao pagamento do salário mínimo. Então se ele aumenta, todo o resto sofre reajuste também”, destacou ela.
O governo federal estima que para 2018 e 2019, respectivamente, o salário mínimo seja de R$ 1.002 e de R$ 1.067, levando em consideração o sistema de correção que está em vigor.
No ano passado, o PIB teve forte contração de 3,8% (a maior em 25 anos) e, para a inflação medida pelo INPC, a última previsão do mercado financeiro, feita na semana passada, é de uma alta de 7,27%.
O percentual também será repassado para os R$ 32 milhões de segurados do INSS que receberam o mínimo, como aponta a legislação. Os cerca de 9 milhões de aposentados e pensionistas ganham acima do piso nacional também terão o mesmo índice aplicado em seus benefícios.