A Campanha de Vacinação contra a Gripe no Acre deve imunizar a mais de 195 mil pessoas que se enquadram nos grupos prioritários, determinados pelo Ministério da Saúde. Em entrevista coletiva, a secretária adjunta de saúde, Marlize Lucena, afirmou que a meta é vacinar 80% do público alvo.
A vacinação foi antecipada por causa do aumento dos casos de H1N1 no país e por conta do período de transição entre inverno e verão na região Amazônica. Os grupos prioritários são: Crianças de 6 meses a 5 anos, idosos, gestantes, povos indígenas, população privada de liberdade, trabalhadores da aérea da saúde e pessoas com doenças crônicas devem procurar uma unidade de saúde para se imunizar.
Marlize esclareceu que a campanha de vacinação termina no dia 31 de maio. A vacina é trivalente e oferece proteção contra os vírus H1N1. “Estamos com cinco suspeitas de H1N1 em Rio Branco e uma em Acrelândia. Os pacientes estão sendo tratados. Os casos ainda não foram confirmados. Após enviar amostras para o laboratório o prazo para o resultado é de 45 dias”, detalhou a secretária adjunta.
O H1N1 continua circulando no Brasil desde a pandemia de 2009, quando o vírus entrou no país e acometeu milhares de brasileiros com a doença. Por isso, a vacina é tão importante. Além disso, o Ministério da Saúde alerta que a população deve adotar medidas de prevenção, como lavar sempre as mãos e evitar locais com aglomeração de pessoas.
Marlize explicou que no Acre a existência de localidades de difícil acesso também foi um dos motivos que justificaram a antecipação da campanha. Os dados da Vigilância Epidemiológica apontam que, em 2014, foram registrados dois casos de influenza H1N1 no Acre. Os pacientes ficaram internados para tratamento e receberam alta sem complicação da doença
Inicialmente, os sintomas das infecções provocadas por H1N1, H3N2 ou influenza B são iguais, como os de uma gripe comum — ou seja, é impossível diferenciá-las sem exames específicos. No entanto, o vírus H1N1 é potencialmente mais perigoso do que os outros por ter mais facilidade de se replicar no trato respiratório inferior.
A falta de ar é um sinal precoce de complicação da gripe por H1N1. Em alguns casos, o problema surge apenas 36 horas após o início do quadro viral.
No ano passado, a campanha imunizou 84,3% do público-alvo, ultrapassando a meta de vacinar 80% do público alvo, formado por 49,7 milhões de pessoas consideradas com mais riscos de desenvolver complicações causadas pela doença.