Os deputados estaduais voltaram a comentar, na sessão de ontem, 14, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a respeito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). No próximo domingo, 17, ocorre a votação que decidirá pelo afastamento ou não da chefe de Estado.
O líder do governo no parlamento estadual, deputado Daniel Zen (PT), destacou que a saída de Dilma da presidência não mudará o cenário político e econômico do país. De acordo com ele, o impeachment terá o condão de agravar ainda mais a crise no país.
“Certamente na próxima segunda-feira o país amanhecerá diferente, só não sei se será para melhor ou pior. O fato é que se o impeachment for aprovado, gerará um caos sem precedentes”, falou o deputado, ao lembrar que o processo trata-se de um golpe.
“É um golpe sem sombra de dúvidas. Um golpe. Para ser legítimo, tem de preencher os requisitos. E o principal deles é que a autoridade impugnada/objurgada tenha cometido, de forma dolosa, crime de responsabilidade. Até agora, ninguém, absolutamente ninguém, conseguiu comprovar isso por parte da presidente Dilma”, considerou.
Ele citou, ainda, que caso o processo seja rejeitado, o governo deverá passar por algumas mudanças. “Se o impeachment não passar, é certo que o governo deverá mudar muito. É necessário que seja realizada uma reforma política, tributária… enfim, é importante que se adote medidas mais eficazes para abrandar esse cenário de crise que se alastrou em todo o país”.
O deputado Jenilson Leite (PC do B) também comentou sobre o assunto. Ele ressaltou temer pelo futuro do país, caso o impeachment seja aprovado. “Ter uma presidente impedida de governar por uma Casa de leis governada por uma figura espúria como Eduardo Cunha será, no mínimo, vergonhoso”, disse ele.
O oposicionista Jairo Carvalho (PSD), por sua vez, destacou os pontos no qual considera relevante para a ocorrência do impeachment. Jairo afirma que a atual gestora não possui mais condição de governar. Ele pontuou que tanto a presidente quanto o vice-presidente deveriam ser afastados de seus cargos.
“Não adianta apenas tirar um, tem que sair todos. O ideal era que ocorresse logo uma nova eleição, mas quem sabe isso não possa acontecer”, finalizou.