O senador Jorge Viana (PT-AC) voltou a sugerir a antecipação da eleição presidência para outubro deste ano, juntamente com as disputas municipais. De acordo com o parlamentar, somente dessa forma a nação brasileira teria um governo legítimo.
Jorge defende a tese de que o vice-presidente Michel Temer não recebeu nenhum voto, portanto, não estaria apto a ocupar a cadeira da presidente Dilma Rousseff (PT). Ele comenta ainda sobre o possível golpe dado por Temer e o PMDB.
“Diante de um golpe e um governo ilegítimo que não terá moral nem voto para apresentar ao Congresso as medidas necessárias para ajustar a economia do país, seria melhor chamar sua excelência o eleitor, fazer um entendimento no país, modificarmos a Constituição, e trazermos a autoridade e a soberania do voto.
O senador acreditar que o mais viável seria a apresentação de uma emenda à Constituição (PEC), por um grupo de senadores, onde seria proposta a realização de novas eleições presidenciais para um mandato tampão de dois anos.
Outra alternativa, segundo o parlamentar, seria que a própria presidente Dilma encaminhasse outra proposta de mudança na Constituição nesse sentido. Assim, argumentou Viana, o futuro governo seria eleito pelo voto popular e teria credibilidade de fato.
“Quero ver se Michel Temer aceita, se o Congresso aprova. Aí vai ficar a soberania do voto versus uma ação de golpe comandada pelo Eduardo Cunha”, pontuou.
Na última quinta-feira, 28, nove senadores encaminharam a presidente da República uma carta pedindo que ela aceite renunciar à parte do seu mandato e apoie essa proposta de emenda constitucional. A carta é assinada por senadores do PMDB, PSB, Rede, PDT, PSD, PC do B e PT.
Além do senador Jorge Viana (PT-AC), assinaram também a carta os senadores Randolfe Rodrigues (REDE-AP), Telmário Mota (PDT-RR) e Angela Portela (PT-RR), Lídice da Mata (PSB-BA), Otto Alencar (PSD-BA), João Capiberibe (PSB-AP), Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) e Paulo Paim (PT-RS).