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A mulher pode ser o que ela quiser

Olá, tudo bem?

Como vai você?

Desejo sinceramente que esteja bem, e se não estiver, acredite: é só um momento ruim, irá passar, vá em frente e lute com firmeza!

Sabe, recentemente acompanhei uma discussão desnecessária, comparada aos problemas sociais sérios que envolve a vida, a segurança e saúde de crianças, adultos, idosos, de uma nação que sofre a mercê de governantes corruptos e irresponsáveis, e de uma sociedade confusa e desestruturada a nível emocional, educacional, familiar, econômico, comportamental e porque não dizer intelectual.

E esta polêmica originou-se de um artigo sobre a esposa do vice-presidente, atualmente presidente em exercício Michel Temer, Marcela Temer, publicado pela revista Veja e intitulado “Bela, recatada e do lar”, nossa! Isto provocou uma avalanche de achismos, imposições, ironias e reações na tão mal utilizada internet, quanta intolerância!

Sinceramente, eu questiono, que mal há em ser “Bela, recatada e do lar”?

É uma ofensa a nós mulheres?

Ou é uma ofensa a quem desejar impor as escolhas e comportamentos da mulher no mundo Pós-moderno?

Sabe de uma coisa, eu não tenho dúvida alguma de que ser “bela, recatada e do lar” é uma escolha feita por uma grande quantidade de mulheres que o nosso país prefere deixar invisível, mas que no entanto, existem e merecem respeito e consideração.

Quanto a ser ‘bela’ acredito eu, que é desnecessário seguirmos padrões, afinal, toda mulher tem seu encanto e sua própria beleza. No entanto, vivemos em um mundo que impõe e cultua a beleza feminina, fazendo exigências e cobranças dolorosas, doentias.

E quanto ao recato, ou seja, ser discreta, educada, gentil, refinada…, onde está o erro nestas características?

Quer dizer que para ser uma mulher pós-moderna você precisa abandonar aquilo que considera importante em seu valores, princípios e comportamentos?

Mas uma vez eu repito: quanta intolerância, abuso e imposição!

As pessoas são diferentes, cada uma tem sua forma de viver e se sentir feliz neste mundo.

Quer dizer que as mulheres que preservam essas características, ou seja, que preservam o recato, devem abandoná-las, substituindo-as por outras que outras mulheres acreditam serem mais conveniente?

E onde está o respeito pelas escolhas que tanto se grita pelos quatro cantos do mundo?

Porque o respeito não começa por você?

Aceite o outro da forma que o outro é, e isso inclui as escolhas, afinal, não é isso que você deseja para você, que o respeite da forma que é? Então faça o mesmo!

Dona de casa, que característica importante!

Parabéns a todas aquelas que se dedicaram e as que atualmente se dedicam ao seu lar, marido e filhos.

Assim como estão de parabéns aquelas que são mulheres, esposas, mães, donas de casa e profissionais, e aqui, eu me enquadro.

Parabenizo também, aquelas que escolheram serem mulheres e profissionais, livres e felizes.

Quando falamos em Mulher brasileira, falamos de uma complexidade, existe mulheres com formação diversa, merecedora de aplausos.

Como poderei esquecer dos nossos congressistas, no momento que foram votar pelo impeachment, eles saudaram suas famílias, inclusive a igreja. Pois é meu amigo, minha amiga, é este Brasil, que não está visível e que nunca ouvimos, esse é o Brasil representado por mulheres que são belas, puras e recatadas, que cuidam e administram seus lares, maridos e filhos e que merecem nossas considerações e respeito.

Estas mulheres representam parte da população brasileira, então, cuidado! Pare de olhar apenas para você, seus achismos e opiniões.

É real, existe mulheres que ainda desejam esse estilo de vida, de viverem para seu marido e filhos, mesmo com as conquistas do mercado de trabalho.

Poxa vida Claudia! Isso não é justo, e nem adequado!

Olha só, quem decide se é justo ou adequado somos nós mulheres, pois temos o direito de escolher o que queremos fazer, temos o direito de construir a nossa felicidade da maneira que acreditamos ser melhor para nós, inclusive ser “bela, recatada e do lar”.

Esta opção pertence a nós Mulheres individualmente!

Sinceramente, é uma intolerância esta crítica.

Aprenda a respeitar as escolhas. Se a mulher quer viver desta forma e se a faz feliz, assim como para seu esposo e filhos, bom para ela. Agora exigir que as mulheres se enquadrem no padrão de mulheres bem-sucedidas, de sucesso, independentes e que fazem o que querem…, isso sim, é um retrocesso.

Meu amigo, minha amiga, todo esse universo subjetivo feminino é muito complexo. Eu só tenho certeza de uma coisa, que nós fomos criadas para sermos o que nós quisermos: Profissional de carreira, esposa, mãe, “bela, recatada e do lar” e o que mais você sonhar.

Um grande abraço!

Fica com Deus.

* Claudia Correia é Psicóloga
claudiacorreiamt@hotmail.com
Facebook: Claudia Correia de Melo
Site: claudiacorreia.com.br

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