Os atletas acreanos, Elayne Jucá, de 28 anos, Eduardo Pavoski, 27 anos, e Márcio Garcia, de 36 anos, participaram do Campeonato Rondoniense de Fisiculturismo no último sábado, 30 de abril. Jucá é campeã na modalidade wellnes; Pavoski e Garcia são vice-campeões nas classes III e II, respectivamente.
Elayne e Márcio representaram o Acre e garantiram uma vaga no Campeonato Brasileiro de Fisiculturismo. Ela conta que a preparação de três meses foi um verdadeiro desafio. Mãe de duas meninas, funcionária pública e casada, Elayne se desdobrou para chegar até o campeonato.
“Essa foi a melhor premiação que eu podia ter: ser campeã. Acho que, como mérito pessoal, foi indescritível. Além de estar levando o nome do nosso Estado de uma forma tão boa e positiva. Nós dizemos que esse esporte é viciante, queremos sempre dar o nosso melhor na próxima e eu não pretendo parar”, contou a atleta.
O vice-campeão da classe II, Márcio, apesar de já ter tido experiências em outros campeonatos de fisiculturismo, nunca tinha competido. Para ele, a premiação foi resultado de três meses de preparação. “Foi uma experiência única”, acrescentou.
Os fisiculturistas acreanos custearam por conta própria a sua participação na competição. Por esse motivo, competir na etapa nacional ainda é uma incerteza. “Não tenho um real no bolso, mas eu quero muito ir. Além de estar agregando valor à minha profissão, é um sonho que eu sempre tive”, afirmou Márcio.
Apesar de não ter se classificado para a etapa nacional, Eduardo conquistou o vice-campeonato da classe III. Para ele, os colegas fisiculturistas chegaram a um condicionamento físico de alto nível. “Nós disputamos o primeiro lugar até o último minuto de cada categoria. Representamos bem o Acre”.
Em busca de apoio
Para continuar competindo, os atletas precisam de apoio para custear as despesas como passagem, hospedagem, alimentação, entre outros. O culturismo ou fisiculturismo é um esporte cujo objetivo é buscar, através da musculação, a melhor forma muscular. Suplementação, acompanhamento de nutricionistas, alimentação balanceada, treino, medicamentos manipulados, rotina de exames, tudo isso torna caro competir em tal esporte.
“Fisiculturismo é saúde. É um esporte muito inteligente que você aprende a lidar com o corpo. Um esporte altamente rigoroso com disciplina de treinamento, sono e alimentação”, explicou Eduardo
Os interessados em patrocinar os atletas podem entrar em contato através dos telefones: 9904-6696/ 9921-6754/ 8102-3032/ 9977-0193.
Pioneirismo no Acre
A servidora pública Leane Teles, de 35 anos, é pioneira em campeonatos de fisiculturismo do Acre. Ela competiu pela primeira vez, em novembro de 2015, na III Copa Pará de Fisiculturismo e conquistou o segundo lugar em sua modalidade.
Agora, a atleta se prepara para participar da sua primeira competição estadual de fisiculturismo no Amazonas. Teles diz estar mais segura e preparada para a nova competição. “Essa é minha segunda experiência. Tenho mais noção, de como moldar mais o corpo, controlar a dieta, preparação. A gente fica mais segura para subir no palco. Fiz outros cursos de pose”, relatou.
A atleta diz que a primeira competição foi um aprendizado, e mesmo assim está feliz com o resultado. “A gente sabe mais ou menos onde falhou e trabalhamos em cima disso, além de melhorar o que já está bom. Sempre digo que todo atleta tem 50% de chance de ganhar e 50% de chance de perder, não importa se é iniciante ou não”.
Assim como os demais atletas, Leane precisa de apoio para custear as despesas da próxima competição. “Fisiculturismo é um esporte muito caro. É uma preparação de um ano inteiro. Depois do primeiro campeonato, surgiram alguns patrocínios de malhas, suplementos, manipulados, academia. Mas, eu também não tenho patrocínio de passagem e hospedagem. Tudo que aparecer é bem-vindo”.