O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a inclusão de novos políticos no maior inquérito da Operação Lava Jato em andamento na Corte, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros Ricardo Berzoini e Edinho Silva, e o chefe de gabinete da Presidência da República, Jaques Wagner.
No mesmo pedido, Janot pede investigação de outras 27 pessoas, incluindo parlamentares, ex-ministros, lobistas, doleiros e empresários, todos citados pelo senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) em sua delação premiada. No total, são 31.
Instaurado em março do ano passado, o inquérito no qual o procurador pede a inclusão dos novos investigados é um entre os mais de 40 da Operação Lava Jato em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF).
Esse inquérito apura denúncias de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção contra o que a PGR chama de “organização criminosa” que atuava para desviar dinheiro da Petrobras.
Caberá ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, autorizar a inclusão dos novos suspeitos no inquérito, que já conta com 39 investigados. Se for autorizada a inclusão, a investigação passa a ter como alvo 69 pessoas – um dos novos investigados, o deputado e ex-ministro Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) já era investigado no mesmo inquérito por outro motivo.
No documento, o procurador também pede investigação de nove parlamentares: do próprio Delcídio e do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), já investigados em outros inquéritos; e também sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e dos deputados federais Eduardo da Fonte (PP-PE), Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), André Moura (PSC-SE), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) , Altineu Cortes (PMDB-RJ) e Manoel Júnior (PMDB-PB).
Há também pedido para investigar o ex-ministro e ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN); os ex-ministros Erenice Guerra e Antonio Palocci (ambos ex-chefes da Casa Civil nos governos Lula e Dilma, respectivamente); o ex-ministro Silas Rondeau (que comandou Minas e Energia no governo Lula); e o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli.
Outros suspeitos relacionados pela PGR no pedido são Giles Azevedo (assessor e ex-chefe de gabinete de Dilma); José Carlos Bumlai (empresário e amigo pessoal de Lula); Paulo Okamotto (presidente do Instituto Lula); André Esteves (controlador do banco BTG Pactual); e Sérgio Machado (ex-presidente da Transpetro).
Há também pedidos de investigação do empresário Milton Lyra; o lobista Jorge Luz; o doleiro Lúcio Bolonha Funaro; os ex-deputados Alexandre Santos (PMDB-RJ), Carlos Willian (PTC-MG) e João Magalhães (PMDB-MG); o prefeito de Nova Iguaçu (RJ), Nelson Bournier, e a ex-prefeita da cidade, Solange Almeida, ambos do PMDB.