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“Erros sucessivos que levaram ao grande caos que vivemos hoje”, disse Raimundo Vaz

Dando continuidade às entrevistas com os pré-candidatos a prefeitura da Capital, o jornal A GAZETA conversou essa semana com o vereador Raimundo Vaz. Ele é pré-candidato pelo Partido da República (PR).

No bate-papo ele fala um pouco sobre a construção do plano de governo e a importância da participação da população. Ela falou ainda sobre os principais gargalos do município e como trabalhar uma forma de estruturar a cidade.

O vereador fez ainda uma avaliação do atual momento político em nível nacional e estadual. “A falta de credibilidade desses partidos que estão governando o país, o Estado, está piorando nossa economia. A população precisa estar atenta a essas questões”.

Confira a entrevista:

A GAZETA – O que o motivou a entrar na disputa pela prefeitura de Rio Branco?
Raimundo Vaz – A história de cada homem é escrita pelos seus atos. Eu escrevi uma história de 35 anos de luta na política. Tenho uma história sindical de muita luta também. Sempre busquei o melhor para meu povo com muita ética e na esperança de galgar dias melhores. Esse anseio por ver a população com uma qualidade de vida apropriada é que me fez entrar nessa disputa. Esperei muito tempo por esta oportunidade, mas, Deus abençoa no momento certo. É, sem sombra de dúvida, um período importante, pois, terei a oportunidade de mostrar a sociedade todo esse meu histórico de comprometimento e dedicação a essa cidade.

A GAZETA – Como vereador, o senhor conhece bem a realidade e necessidade da Capital. Em sua opinião, o que precisa ser mudado para que a cidade cresça mais?
R. V. – Nos últimos anos Rio Branco viveu um momento estratégico interessante. Tivemos sim um crescimento, porém desordenado. Existem muitos pontos que precisam ser melhorados, muitos setores. A saúde, segurança pública, mobilidade urbana, moradia, enfim, nossos gestores não estão atendendo a altura as demandas e anseios da população. E esses detalhes é que trazem o desenvolvimento. Não adianta festejar porque a Capital está crescendo se tudo isso estiver ocorrendo desordenadamente. Ser um prefeito simpático, ouvidor não resolve. Falta visão de futuro nos nossos atuais gestores.

A GAZETA – Como tem sido o debate em torno do seu plano de governo?
R. V. – A pauta principal do meu plano de governo é crescimento. As mãos que constroem o grande governo são as mãos que constroem a cidade. As mãos da Engenharia, Arquitetura, Direito, Economia, enfim, o conjunto dessas profissões é que poderá nos proporcionar um futuro melhor. O meu plano de governo tem sido debatido com a população bem como com esses profissionais. Temos que colocar toda a sociedade envolvida nessa questão, pois, diz respeito ao futuro e bem estar de cada cidadão acreano.

A GAZETA – O senhor acredita que o afastamento da presidente Dilma do cargo poderá afetar o resultado das eleições na Capital?
R. V. – Creio sim. Quem compõe hoje essa disputa são forças que passam por um desgaste profundo, em meio a escândalos de crise moral, econômica e política. É necessário que haja uma candidatura que não priorizem o debate da picuinha, da acusação infundada. Que não sejam pessoas cujo partido esteja envolvidos em escândalos. A população começou a olhar o outro lado da moeda e, tenho certeza, que essa eleição será a resposta da sociedade a toda essa sujeira que tem se impregnado na política.

A GAZETA – O fato de a oposição sair com vários candidatos não acaba sendo desvantajoso no que diz respeito a uma possível vitória?
R. V. – Nosso foco não é ganhar por ganhar. Temos um projeto, um ideal de vida. Queremos vencer para lutar por melhores condições para os nossos cidadãos. Nosso objetivo é juntar forças com aqueles que estão preocupados em buscar o melhor para Rio Branco, com aqueles que desejam construir uma cidade melhor. Por isso a preocupação com o plano de governo. Temos que esquecer essa questão de composição política para derrubar o fulano. Vamos esquecer tudo isso. O foco aqui é fazer o melhor por essa cidade. A proposta é essa e gostaríamos sair vitoriosos nesse pleito para construir junto com a sociedade um futuro melhor.

A GAZETA – Qual avaliação o senhor faz do cenário político do Acre?
R. V. – Minha história me permite fazer uma avaliação sobre esse momento turbulento que o país vive e que muito provavelmente afetará o Acre. Erros sucessivos que levaram ao grande caos que vivemos hoje. Claro que não podemos torcer para que o pior aconteça ao nosso país para poder depois apontar o dedo. A falta de credibilidade desses partidos que estão governando o país, o Estado, está piorando nossa economia. A população precisa estar atenta a essas questões. Precisamos fazer uma limpeza nesse meio político. A hora é agora e temos que exercer nosso direito de mudança nessas eleições.

A GAZETA – O fato de concorrer contra o prefeito da Capital lhe preo-cupa? O senhor considera desvantagem
R. V. – Eu sei que enfrento um gigante, mas não vou me intimidar por isso. Quem elege um político é a população, portanto, vou trabalhar esses meses de eleição de forma clara, digna, ética e não permitirei que nada de incorreto seja realizada, pois, se desejo verdadeiramente representar nosso povo tenho que ter ética em todas as minhas ações.

A GAZETA – Considerações finais.
R. V. – Agradeço a oportunidade que me foi dada para apresentar minha proposta de governo. Gostaria de pedir ao eleitor que não vote apenas por votar. Conheça os candidatos, suas propostas. Veja se a pessoa realmente tem compromisso com Rio Branco. Chega de colocarmos no poder pessoas que não estão nem aí para as necessidades do povo, de não buscar acrescentar em nada. Eu me apresento como um candidato compromissado, responsável e preocupado, acima de tudo, com a ética e o bem-estar da população.

Categories: Flash POLÍTICA
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