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E agora?

Dois fatos movimentaram e criaram polêmica ontem no noticiário nacional e devem continuar repercutindo nos próximos dias.

O primeiro deles a divulgação do parecer de técnicos do Senado, nomeados pela Comissão do Impeachment, segundo os quais, ao rigor da lei, a presidente da República não teria cometido as “pedaladas fiscais” que embasaram seu afastamento. Segundo o parecer, ela teria incorrido apenas em alguns erros de administração.

Na verdade, segundo juristas e analistas mais isentos, as tais “pedaladas” foram e continuam sendo apenas pretexto para o afastamento da presidente, reforçando a tese de que se trata de uma intervenção meramente política ou “golpe”.

O segundo fato é o resultado de uma pesquisa do instituto Ipsos Public Affair, segundo o qual o presidente interino, Michel Temer, em apenas um mês, já acumula uma rejeição de 70% dos entrevistados.

Segundo os analistas da pesquisa, essa rejeição deve-se, em primeiro lugar, porque não é um governante legítimo e, depois, porque se cercou de um ministério de políticos acusados de corrupção. A melhor conclusão que se possa aferir desses dois fatos, talvez, seja uma frase de um político chileno para o senador Cristóvão Buarque: “eu tenho pena do Brasil”.

A Gazeta do Acre: