Olá, tudo bem?
Como vai você?
Hoje sinto uma grande necessidade de conversar com você, meu amigo, minha amiga, sobre: O Seu Mundo Real.
Mas Claudia, o que você quer dizer com isso?
Que Mundo Real é esse a qual você se refere?
Pois bem, eu me refiro ao nosso mundo, aquele no qual vivemos e que atuamos como pessoas de fato, falando, se relacionando, digitando, dirigindo, brigando, discutindo, silenciando, trabalhando, odiando, amando.
Mas me diz uma coisa, você vive o seu mundo real?
Vive a transparência?
Se mostrando como realmente é?
Ou se esconde em lindas casas, verdadeiros palácios como prisioneiro de si mesmo?
Desculpe-me, mas você tem como escudo sua posição social, seu carro, seus títulos e conhecimentos adquiridos à cerca de determinado assunto ou área de atuação?
Sente-se trancafiado? Nada pode falar, demonstrar, deixar transparecer, afinal, ninguém pode ver você, nem você a si mesmo (a).
É cômodo não mexer em nada, deixar tudo como está, nada precisa ser dito, tirado do lugar.
Deparar-se consigo mesmo (a) pode ser constrangedor, humilhante, sofrido, afinal, eu não quero a realidade, o mundo criado que demonstro serve como proteção, como máscara, eu não quero dar passos para dentro de mim, eu não quero avançar, pois temo aquilo que poderei encontrar, temo não ter forças para enfrentar, suportar, aceitar, assumir, tenho medo de deparar-me com meus medos, fragilidades, fraquezas, indecisões, com a minha falta de atitude e os meus fantasmas.
Temendo se depararem com eles mesmos, muitas pessoas optam por ouvir e ver o que querem, o contrário disso chega a ser criticado, por considerar ofensivo.
Preferem cócegas nos ouvidos, palavras bonitinhas, agradáveis, doces, melosas, repetitivas, mas que não questionam, nem leva a refletir sobre seus comportamentos, suas atitudes, decisões e responsabilidades, seus erros e acertos, não provoca um enfrentamento com o seu mundo real.
Acredito sinceramente que a nossa felicidade depende da aceitação do nosso Mundo Real, de quem nós somos verdadeiramente como pessoa, amigo (a), pai, mãe, filhos (as), companheiros (as), profissionais, cidadãos…, pois somente assim, mudanças poderão ser feitas.
Conhecer o interior da nossa casa, sim, a nós mesmos, com todas as divisões e compartimentos, inclusive as dependências e os porões cheios de teias de aranhas e poeiras.
Lembrando que os quintais cheios de matos e sujeiras estão lá!
Então, o que está esperando?
Saia do jardim, da varanda, ou da sala de estar.
Tenha coragem e entre!
Não tenha medo de você e nem de se encontrar.
Saiba que quando isso acontece, percebemos que somos apenas seres humanos, meros mortais.
Frágeis, carregando nossas misérias e cheios de mazelas, cobrando de nós mesmo uma perfeição inexistente.
Sabe meu amigo, minha amiga, quando olhamos para o nosso Mundo Real, vemos que apenas títulos, posição social e demais poderes nos distanciam, mas que na realidade, não passamos de seres humanos com histórias que carregam dores, traumas, abusos, frustrações, abandono, perdas, mágoas e arrependimentos.
Diante deste Mundo Real pare de vitimar-se, enfrente-o!
Olhe para você e tudo que tem construído, o maravilhoso disso tudo é que o Mundo Real pode ser tocado, mudado, transformado, a partir do momento que você o olha diferente, sem cobranças, sem punição, sem a exigência da perfeição.
É possível sermos melhores para nós mesmos e consequentemente melhores com o outro. Para aqueles que de uma forma ou de outra interagem, ou seja, convivem, dividem, compartilham e trocam sentimentos.
É possível abrirmos a porta que nos leva ao nosso Mundo Real, sem faz de conta e ilusões.
É possível entrarmos por esta porta e fazermos a mais difícil, assustadora, reflexiva, questionadora, poderosa, linda, saudosa e inesquecível viagem ao encontro de nós mesmo.
Então, não tente, encha-se de coragem e faça!
Dê o primeiro passo ao seu Mundo Real, lá, você irá se encontrar.
Um grande abraço!
Fique com Deus.
Claudia Correia
Psicóloga e Apresentadora do Programa Como Vai Você?
Facebook: Claudia Correia de Melo
E-mail: [email protected]