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Além da seca do Rio Acre, a quantidade de focos de queimadas também preocupa Defesa Civil

 Baixa umidade do ar, altas temperaturas e ação humana. Essa combinação tem sido destrutiva. De acordo com o coordenador da Defesa Civil Estadual, Carlos Batista, o Acre já registra um crescimento de 300% a mais dos focos de calor em vegetação da área urbana se comparado ao mesmo período do ano passado.

De julho até agosto, o Acre já registrou 533 queimadas, entre urbanas e rurais, de acordo com os dados Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Segundo o Corpo de Bombeiro já foram registradas de janeiro até os primeiros dias de agosto mais de 1 mil chamados para combater focos de calor.

Os municípios de Feijó, seguido de Rio Branco, Tarauacá, Manoel Urbano, Sena Madeira e Cruzeiro do Sul lideram o ranking de focos de calor em todo o estado. As queimadas urbanas e incêndios florestais estão sendo monitorados pela Secretaria de Estado Meio Ambiente (Sema) e demais órgãos ambientais.

O coordenador da Defesa Civil falou nesta terça-feira com preocupação sobre os números. “Os dados mostram que a população está queimando mais. Mais de 98% por ação culposa ou dolosa do homem. Se identificado o autor das queimadas, ele será encaminhado para a delegacia de polícia para que sejam tomadas as medidas cabíveis”, destacou Batista.

Além disso, operações de fiscalização e repressão são realizadas em todo o estado diariamente pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) e o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).

Crise hídrica

Enquanto o Rio Acre continua apresentando redução do nível, o Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa) começou a ampliação da barragem de contenção na Estação de Tratamento de Água I (ETA I). O objetivo é evitar que a população de Rio Branco fique sem água durante o período de seca.

O Rio Acre estava nesta terça-feira, 2, com nível de 1,45 metro na Capital, o menor nível registrado em 45 anos.

O governador do Acre, Tião Viana, decretou situação de emergência no dia 7 de julho por causa da seca do Rio Acre em Rio Branco. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) e também dizia respeito a outras cidades acreanas, que também sofrem com a estiagem.

Uma das maiores preocupações é referente ao abastecimento de água na capital, realizado por meio do rio. O Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa) informou que a produção de água já está 20% a menos, devido à mudança na captação, agora realizada por meio de bombas flutuantes.

A Gazeta do Acre: